Francisco Assis crítico com a Alemanha e a França - TVI

Francisco Assis crítico com a Alemanha e a França

Sócrates reúne-se com partidos (Mário Cruz/LUSA)

A oposição das duas principais potências europeias a uma solução comum e à criação dos «eurobonds» como saída para o actual problema das dívidas soberanas de alguns países, mereceu os maiores reparos ao líder da bancada do PS

O presidente do Grupo Parlamentar do PS criticou hoje a actuação das «principais potências¿ da União Europeia face à actual conjuntura financeira, dizendo que se tivessem maior arrojo e sentido europeu a situação económica seria agora outra.

Francisco Assis falava aos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em São Bento, numa audiência destinada a debater a agenda da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, quinta e sexta-feira em Bruxelas.

Acompanhado pelo presidente do PS, Almeida Santos, assim como pelos dirigentes socialistas Edite Estrela e Sérgio Sousa Pinto, Francisco Assis referiu-se de forma crítica à oposição da Alemanha e da França à criação de «eurobonds» como solução para o actual problema das dívidas soberanas de países como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda.

«Na União Europeia raramente existiram soluções de unanimidade e o PS tem uma perspectiva crítica em relação à forma como as principais potências europeias têm actuado nos últimos meses. Se houvesse maior arrojo e mais sentido europeu por parte dos principais governantes da União Europeia, talvez estivéssemos hoje numa situação melhor», declarou, citado pela agência Lusa.

Em contraste, de acordo com o líder parlamentar do PS, «o Governo português tem procurado ter uma intervenção activa no sentido de concorrer para que a UE concorra para ter uma posição mais activa».

Interrogado sobre as revelações feitas pelo Wikileaks em relação a documentos provenientes da diplomacia norte-americana, o presidente do Grupo Parlamentar do PS recusou-se a comentar, alegando uma questão de responsabilidade institucional».

«Estamos aqui em São Bento para analisar a agenda europeia, que é da maior importância», alegou.
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