Greve: saiba o que vai parar - TVI

Greve: saiba o que vai parar

  • Portugal Diário
  • 29 mai 2007, 22:25
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24 horas sem transportes, recolha de lixo, marinha mercante, escolas, finanças ou centros de saúde. Segundo os sindicatos, os serviços públicos vão ser os mais afectados. E, por isso, alertam os cidadãos: «assuntos na função pública devem ficar para outro dia»

Função pública, transportes, marinha mercante, pescas, hotelaria, construção, telecomunicações e indústrias têxtil, química e metalúrgica são algumas das áreas com adesão já confirmada à greve geral que se realiza esta quarta-feira.

Vários serviços dependentes das autarquias, como a recolha de lixo ou transportes, vão ser afectados devido à greve geral desta quarta-feira. Francisco Brás presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) disse à agência Lusa que «só quando a greve começar é que se podem ter certezas dos serviços que aderiram, embora esta seja a maior greve de sempre da administração local».

«A recolha de resíduos vai estar encerrada praticamente em todo o país. Os transportes públicos de cidades como Braga, Coimbra, Barreiro ou Aveiro vão cumprir somente os serviços mínimos», disse Francisco Brás.

Também os trabalhadores dos cemitérios vão aderir à greve, «embora o sindicato procure assegurar que se cumpram os serviços mínimos», referiu o sindicalista.

O STAL apela «às pessoas que queiram tratar de assuntos em locais da função pública, como as juntas de freguesia, para repensar e procurar resolvê-los noutro dia», já que «vários trabalhadores das juntas de freguesia poderão também paralisar os serviços».

As escolas também deverão ser afectadas e os alunos podem ficar sem aulas.

Dia complicado nos transportes

O Metropolitano de Lisboa encerra já esta noite entre as 22h50 e a meia-noite para preparar os serviços mínimos da greve geral. A partir das 24h o metro volta a circular até à 1h apenas com comboios de seis carruagens nas Linhas Azul e Amarela com uma periodicidade de 17 minutos, de acordo com os serviços mínimos decretados pelo conselho arbitral.

As Linhas Verde e Vermelha vão estar encerradas durante todo o dia de quarta-feira.

Os serviços mínimos decretados prevêem das 6h30 às 7h29 uma periodicidade de 17 minutos entre comboios e das 7h30 às 9h29 uma periodicidade de 8 minutos e 30 segundos, das 9h30 às 17h29 com 15 minutos, das 17h30 às 20h29 com 8 minutos e 30 segundos entre comboios e das 20h30 até às 24 horas com 17 minutos.

Também nas operadoras que garantem a travessia do Rio Tejo (Transtejo e Soflusa) serão mantidas carreiras ao longo de todo o dia da greve, ainda que com menor frequência.

De acordo com a decisão arbitral para a Soflusa, terão de ser asseguradas algumas travessias. A Soflusa anunciou segunda-feira em comunicado que não pode garantir as normais ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, prevendo perturbações nas ligações e falta de alternativas.

A Transtejo tem também serviços mínimos, garantindo algumas carreiras Montijo - Cais do Sodré, Seixal - Lisboa, Cacilhas - Lisboa e Trafaria - Lisboa.

A decisão arbitral para os serviços mínimos da Carris define o funcionamento em 25 por cento das carreiras 35, 708, 738, 742, 751, 767 e 790.

No que se refere à CP, os serviços mínimos de transporte de passageiros apenas abrangem as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que correspondam até 25 por cento do total de comboios programados entre as 6h e as 9h e entre as 17h e as 20h.

A CP, que prevê perturbações na circulação de comboios em consequência da greve (com atrasos e supressões pontuais de comboios) e na venda de bilhetes, tenciona activar um sistema de transportes rodoviários nos locais onde for necessário.

No Porto, a STCP garante que as dez linhas feitas por privados estão asseguradas, ou seja, os autocarros que ligam os concelhos limítrofes ao Porto, bem como os que fazem a zona de Massarelos, vão funcionar. Quanto às restantes linhas, a empresa vai tentar minimizar os efeitos da greve.

A STCP informa ainda que quem tiver passe vai poder usar gratuitamente como alternativa o metro e os comboios da CP de e até Valongo, Travagem e Francelos.
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