Para Jorge Barreto Xavier, Manoel de Oliveira era um homem que se confunde com a história do cinema em Portugal.«Manoel de Oliveira, que nos últimos meses estava com a saúde mais frágil, mas já nos tinha habituado ao longo dos anos, das décadas, a ser sobrevivente. Era quase um sentimento de que ele nos passaria a todos, que é um imortal nas nossas vidas e, por isso, perceber que este homem passou para nossa memória e para a memória coletiva e que nos deixou em termos do nosso quotidiano, obviamente é algo que ainda me está a custar em entender», revelou.
«Um dos homens decisivos na construção do cinema português, na história do cinema, na projeção do cinema português no mundo. A sua presença foi essencial para a apresentação da arte cinematográfica em termos internacionais, participou nos grandes movimentos cinematográficos portugueses e, como cidadão, como português, é certamente uma das grandes figuras do século XX», defendeu.
O governante afirmou ainda que apoiaria a ideia de que Manoel de Oliveira deveria ir para o Panteão Nacional
«As honras de Panteão Nacional são uma competência da Assembleia da República, mas o que posso dizer é que certamente Manoel de Oliveira é um grande português que merece que a Assembleia da República considere e pondere uma honra que é dada aos grandes portugueses. E que de facto, certamente, ele foi e é na nossa vida e na nossa história», rematou.