É uma proposta do CDS-PP, feita pela líder Assunção Cristas, que é também candidata às autárquicas para a câmara de Lisboa: 20 novas estações do metro, bem mais do que as duas anunciadas esta semana pelo Governo. O primeiro-ministro, António Costa, acusou a líder centrista de estar a fazer campanha eleitoral em pleno Parlamento. (Veja o vídeo associado a este artigo).
Vamos primeiro às declarações de Cristas: "Ou há rasgo, horizonte e ambição para o metro de Lisboa ou os problemas da área metropolitana não se vão resolver (... ). A nossa proposta são 20 novas estações para o metro de Lisboa e espero que possam ser estudadas, planeadas, financiadas e tratadas".
Enquanto falava, erguia um quadro ilustrativo da nova composição que quer dar ao metropolitano da capital, para o qual devem contribuir fundos comunitários, mas também outras formas de financiamento.
Duas estações não chegam para a também candidata ao lugar de Fernando Medina (PS). É preciso "fazê-lo crescer" para Belém, Sacavém e Loures. "É ambicioso, mas é realista, haja vontade".
Reação nas bancadas: burburinho e risos que foram aproveitados por António Costa. Respondeu à interpelação atacando em duas frentes: acusando Cristas de estar a fazer campanha eleitoral em pleno parlamento e de falta de lealdade para com a adversária do PSD, deputada no Parlamento, que hoje se encontrava ausente da discussão.
Não achei muito leal aproveitar a ausência da deputada Teresa Leal Coelho para este momento de campanha eleitoral"
Quanto ao alargamento da rede de metropolitano, o chefe de Governo defendeu que é preciso haver continuidade neste tipo de investimentos e "amplo consenso partidário", incluindo depois de a legislatura acabar. Durante o atual mandato, o compromisso é só com o financiamento que já está garantido.
Face às críticas de Cristas quanto à, no seu entender, falta de investimento devido nos transportes públicos, António Costa contra-atacou com um balanço do que ficou do anterior Governo nesta matéria. Um Governo em que, lembrou, a agora líder do CDS-PP foi ministra.
"100 milhões é o número de passageiros que, enquanto a senhora foi ministra, o metro e a Carris perderam na cidade de Lisboa", atirou.
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