Confinamento geral? "Se o país fechar, também têm de fechar os políticos" - TVI

Confinamento geral? "Se o país fechar, também têm de fechar os políticos"

No frente a frente entre Vitorino Silva e Tiago Mayan Gonçalves discutiu-se a pandemia, mas ainda houve tempo para uma viagem rápida pela TAP. Os candidatos não se importavam de viajar pela companhia aérea portuguesa, mas não estavam de acordo com o destino final

No frente a frente entre Vitorino Silva e Tiago Mayan Gonçalves discutiu-se a pandemia, mas ainda houve tempo para uma viagem rápida pela TAP. O destino? Ficou por esclarecer.

Na mesma linha que o partido que o apoia, Mayan não concorda com um novo confinamento geral - hipótese admitida esta sexta-feira pelo ministro Siza Vieira -, por considerar que "o país não aguenta"

Eu tenho sido contrário a este estado de emergência, porque tem continuamente adotado medidas de carácter geral. (...) Temos de começar a olhar em concreto para as populações mais vulneráveis, para os grupos mais vulneráveis, e ter uma resposta robusta para estes grupos (...) esta doença não afeta todas as pessoas da mesma forma."

Apontou como uma das medidas "cegas" o recolher obrigatório generalizado às 13:00 ao fim de semana que, apontou, junta aglomerações desnecessárias nos hipermercados e centros comerciais.

Isto também não contribuiu para os números que temos hoje em dia? Porque de facto foram este tipo de medidas, aplicadas de forma completamente cega e generalizada, que trouxeram algo garantido: destruição económica e social."

Com uma visão bastante oposta, Vitorino Silva já tinha uma resposta preparada a esta pergunta: "Se o país fechar, também têm de fechar os políticos".

Se o povo for para a casa, eu também vou para casa. Eu acho que temos de tratar os partidos políticos como o povo."

O presidente e fundador do partido RIR (Reagir Incluir Reciclar) considera que os hospitais de campanha foram desmontados demasiado cedo e que a principal preocupação deveria ser "salvar os portugueses"

Vitorino e Mayan "viajaram"na TAP, mas não chegaram a lado nenhum

Na breve viagem que fizeram pela TAP, ficou claro que Vitorino e Mayan não se importavam de viajar pela companhia aérea portuguesa, mas não estavam de acordo com o destino final. 

O candidato da Rans considera que o esforço que está a ser pedido aos portugueses, para injetar dinheiro na TAP até 2025 para que esta não vá à falência, é válido, mas deixou um alerta.

Não quero que haja a TAP boa e a TAP má. Não quero que façam com a TAP aquilo que fizeram com o Novo Banco", afirmou.

Defende que a TAP é "um símbolo de Portugal", mas criticou a companhia aérea por não fazer muito pelo Porto: "a Ryanair tem feito muito mais pelo Porto do que a TAP". Não se importa que a TAP seja pública, mas com a condição de ter "bons gestores"

Com uma opinião mais radical, Mayan Gonçalves assegurou que "não pode entrar mais um euro de dinheiro público na TAP" e que, enquanto contribuinte, não quer ser acionista da companhia aérea.

Deu o exemplo da Noruega, que é um país mais rico da Europa e não injetou dinheiro na sua companhia aérea nacional (Norwegian Airlines) e reforçou: "A TAP nunca demonstrou ser viável. A TAP abandonou o país antes da pandemia".

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