Covid-19: melhorar resposta militar a emergências é prioridade de presidência portuguesa da UE - TVI

Covid-19: melhorar resposta militar a emergências é prioridade de presidência portuguesa da UE

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  • 18 jun 2020, 18:33
João Gomes Cravinho

Ministro da Defesa Nacional alertou que emergências, como a do surto do novo coronavírus, que paralisou parcialmente Portugal e a Europa, “poderão vir a ser mais frequentes no futuro"

O ministro da Defesa Nacional definiu esta quinta-feira “a melhoria do contributo militar para a resposta a emergências complexas” como uma das prioridades da presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2021.

A afirmação foi feita por João Gomes Cravinho na cerimónia, no Forte de São Julião da Barra, Oeiras, Lisboa, onde homenageou os militares pela sua participação, desde março, no combate à pandemia de Covid-19, ao abordar “as lições” que ficam da experiência nos últimos três meses.

O ministro alertou que “este tipo de emergências”, como a do surto do novo coronavírus, que paralisou parcialmente Portugal e a Europa, “poderão vir a ser mais frequentes no futuro, nomeadamente por via dos riscos resultantes das alterações climáticas, ou das transformações na biotecnologia ou no ciber-espaço”.

As soluções não podem, “no futuro, ser soluções meramente nacionais” e Portugal, segundo o ministro, “teve um papel pioneiro no quadro da NATO e da União Europeia na troca regular de lições aprendidas entre aliados no combate à covid-19”.

Daí que, afirmou, “a melhoria do contributo militar para a resposta a emergências complexas, assim como a sua melhor coordenação a nível europeu será uma das prioridades da presidência portuguesa da UE, que se iniciará a 1 de janeiro de 2021.

Isto exige-nos grande capacidade de adaptação e inovação – duas qualidades evidenciadas por todas e todos os que hoje aqui honramos”, concluiu.

A “segunda lição” da pandemia, que “ainda não acabou”, é que os “gastos em Defesa pelo Estado português, ou seja, pelos contribuintes, não devem ser entendidos como uma despesa, mas antes como um investimento em meios e capacidades vitais para proteger os portugueses de todo o tipo de ameaças e riscos, como esta pandemia veio demonstrar”.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 449 mil mortos e infetou mais de 8,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.524 pessoas das 38.089 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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