PCP pede "firmeza" ao Governo contra Bruxelas - TVI

PCP pede "firmeza" ao Governo contra Bruxelas

Deputado Paulo Sá recusa ingerências e critica posição da Comissão Europeia por criar "dificuldades à aplicação das medidas de recuperação de rendimentos"

O deputado do PCP Paulo Sá condenou, esta terça-feira, as "ingerências, pressões e chantagem" de Bruxelas sobre Portugal e afirmou que "é preciso muita firmeza" para continuar com as políticas de reposição de "rendimentos e direitos".

"O PCP rejeita liminarmente esta política de ingerências, pressões, chantagem que a Comissão Europeia (CE) exerce sobre o nosso país e dizemos que é preciso muita firmeza no prosseguimento da política iniciada há uns meses, de devolver salários, pensões", disse o deputado, no Parlamento.

De acordo com a estimativa económica da primavera da CE, o défice orçamental de Portugal vai ser de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, acima dos 2,2% previstos pelo Governo e de 2,3% em 2017, ambos cenários mais pessimistas do que o apresentado pelo executivo no Programa de Estabilidade, no qual reiterou o compromisso de reduzir o défice orçamental para 2,2% este ano e para 1,4% em 2017.

"PSD e CDS não escondem o seu entusiasmo quando qualquer organização internacional ou nacional aparece a criar cenários que criam dificuldades à aplicação das medidas de recuperação de rendimentos", lamentou o parlamentar comunista.

De acordo com o deputado do PCP, "a CE aproveita o boletim de primavera para, mais uma vez, tentar exercer pressões" e "criar dificuldades à aplicação de medidas de devolução de direitos, que têm sido executadas nos últimos meses, e criar condições para se voltar às políticas de exploração e empobrecimento".

"A CE está sempre disponível para aprovar ajudas a bancos privados de milhares de milhões de euros, levando a que o défice dispare e aí não há problema nenhum, mas quando se trata de qualquer medida, por mais pequena que seja, de devolução de direitos e rendimentos aos trabalhadores e ao povo, isso já constitui um problema", condenou.

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