PS: «portugueses não são ratinhos» e «chega de experiências» - TVI

PS: «portugueses não são ratinhos» e «chega de experiências»

Reação do Partido Socialista aos números das contas públicas divulgados pelo INE e que situam o défice em 6,8%, aquém dos 5% negociados com a troika

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O PS considerou, nesta sexta-feira, que os dados sobre o défice no primeiro semestre demonstram que 2012 foi um ano perdido e espera que em 2013 o Governo termine com a sua experiência laboratorial de austeridade.

Falando aos jornalistas em reação aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam para um défice de 6,8 por cento nos primeiros seis meses deste ano, o deputado socialista Pedro Marques afirmou que o processo de consolidação orçamental de Portugal está longe de ser satisfatório.

«Sem medidas extraordinárias, infelizmente, o défice em 2012 andará muito próximo daquele que se verificou no ano passado e era o que faltava que o país continuasse neste senda», comentou o ex-secretário de Estado dos governos de José Sócrates.

Pedro Marques referiu que, «face à comoção social de todos os portugueses», o Governo «já abandonou a experiência laboratorial de aumentar a Taxa Social Única dos trabalhadores».

«Esperamos agora que esta experiência laboratorial da austeridade custe o que custar, para além do memorando da troika, termine com a elaboração do Orçamento do Estado para 2013. Este é já o segundo ano em que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, pede muitos sacrifícios aos portugueses e, depois de um ano, para cumprir as metas, recorre a medida extraordinárias», disse.

De acordo com Pedro Marques, o «segundo falhanço» do Governo ao nível do processo de consolidação orçamental «é particularmente clamoroso, porque todo o ano é da sua responsabilidade, duplicou a dose relativamente ao que estava previsto no memorando em matéria de austeridade e falhou por muito».

«Os portugueses não são ratinhos de laboratório à disposição do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e de Vítor Gaspar. Chega de experiências, chega desta espiral recessiva em que o país se encontra. O Governo tem mesmo agora de escolher outra política", acrescentou.
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