BE convida Passos a demitir ministra - TVI

BE convida Passos a demitir ministra

Cecília Honório diz que «a culpa não pode morrer solteira». Por isso, só vê uma solução: a saída de Paula Teixeira da Cruz

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Com o «caos» por que está a passar a Justiça, o Bloco de Esquerda não vê outro remédio senão demitir a ministra da Justiça. Por isso, fez esse «convite», esta quinta-feira, diretamente a Passos Coelho.

«Ao Primeiro-Ministro, fazemos o convite, que assuma o drama que se vive a todos os níveis na justiça em Portugal e as consequências óbvias, as quais, do nosso ponto de vista, como a culpa não pode morrer solteira, passam pela demissão da ministra», disse a deputada bloquista Cecília Honório, nos Passos Perdidos do Parlamento.

A titular da pasta da Justiça fez o seu «mea culpa» na quarta-feira e garantiu que assumia «integralmente a responsabilidade política» pelos «transtornos» registados na aplicação do programa informático Citius.

«Quando se estava à espera de respostas urgentes, a resposta foi nenhuma, a não ser esta assunção cândida de uma responsabilidade relativa. Quando uma ministra da justiça não encara o caos e fala apenas de uma situação de transtorno não está de facto a assumir plenamente a responsabilidade», criticou a parlamentar do BE, citada pela Lusa.

«Temos um Citius bom, onde não está nada, e um Citius mau, que não serve o país, e ficámos a saber que haverá um Citius futuro, não se sabe exatamente quando», declarou, a propósito das declarações de hoje do Presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos, que admitiu que o atual sistema informático vai bloquear no prazo máximo de três anos.

Entretanto, e apesar de a ministra dizer que está cá para «resolver os problemas», os juízes pediram já, numa carta aberta ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) «medidas urgentes», mesmo que «excecionais e transitórias», é preciso fazer face aos problemas do Citius. Alegam que a situação é grave e o mesmo entende o próprio CSM, que já anunciou, também, que decidiu marcar um plenário extraordinário para dia 23, precisamente para analisar os atuais problemas dos tribunais.
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