Governador civil de Lisboa demite-se do cargo - TVI

Governador civil de Lisboa demite-se do cargo

Política

António Galamba considera que decisão do PSD de extinguir os Governos Civis vai afectar bombeiros, forças de segurança e os cidadãos em geral

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O governador civil de Lisboa pediu esta terça-feira a demissão ao Governo, que anunciou a extinção dos Governos Civis, e considerou que o fim desta instituição irá afectar os bombeiros, forças de segurança e, consequentemente, os cidadãos, noticia a Lusa.

«O PSD cumpriu aquilo que andava a prometer. Agora do ponto de vista da forma como se está a realizar, acho um erro e quem vai pagar a factura são, directamente, os bombeiros voluntários e as forças de segurança e, indirectamente, os cidadãos», afirmou António Galamba (PS) após o anúncio pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, do fim dos Governos Civis.

António Galamba publicou esta terça-feira no Facebook a carta através da qual pediu ao novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a sua demissão do cargo, considerando que o cargo de governador civil «é um cargo de confiança política e de representação do Governo».

No entanto, salienta que devido à aproximação da fase mais crítica de incêndios florestais, a equipa continuará disponível para assegurar a gestão do Governo Civil de Lisboa, «com particular atenção para as questões da segurança e da defesa da floresta».

O agora demissionário Governador Civil considera que, «ao longo dos últimos meses, os governadores civis em funções foram confrontados com uma campanha mediática populista, catalisada por partidos políticos como o PSD e o CDS-PP, centrada na defesa da extinção dos Governos Civis».

António Galamba salienta que essa campanha ignorou «que os Governos Civis apresentam uma sustentabilidade financeira invejável, com capacidade de gerar receitas próprias para o funcionamento dos serviços prestados aos cidadãos, para apoiar as forças de segurança e contribuir para o equipamento dos bombeiros voluntários de cada distrito».

António Galamba salientou ainda que quem defende a extinção dos Governos Civis ignorou «que as dinâmicas de um território como o do distrito de Lisboa são supra-municipais e exigem um olhar a esse nível para poder conformar às soluções à realidade das pessoas, das instituições e da circulação dos bens».

«O governo civil do distrito de Lisboa apresenta uma especificidade própria, pela realidade exigente dos 16 municípios do distrito, pela dimensão dos desafios de segurança, de segurança rodoviária, de protecção civil e de defesa da floresta contra os incêndios e por dispor de um amplo parque de habitação social na Pontinha, Odivelas e de propriedades em Odivelas, na Amadora e em Loures», lembrou.
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