O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta sexta-feira que é preciso “continuar a trabalhar” em matéria de igualdade salarial, para terminar com o número de dias que as mulheres têm de trabalhar a mais para ganharem o mesmo que os homens.
Hoje é Dia Nacional da Igualdade Salarial porque as mulheres têm de trabalhar mais 54 dias que os homens para ganharem o mesmo, tantos dias quantos os que faltam para o ano terminar”, refere o primeiro-ministro numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
António Costa acrescentou que desde 2018 já foram ganhos “quatro dias de igualdade”, mas o Governo vai continuar a lutar para “ganhar os que ainda faltam”.
Hoje é Dia Nacional da Igualdade Salarial porque as mulheres têm de trabalhar mais 54 dias que os homens para ganharem o mesmo, tantos dias quantos os que faltam para o ano terminar. Desde 2018 ganhámos 4 dias de igualdade, vamos continuar a lutar para ganhar os que ainda faltam.
— António Costa (@antoniocostapm) November 8, 2019
Em Portugal, as mulheres têm de trabalhar mais 54 dias para ganhar o mesmo ordenado de um homem, apesar da evolução positiva dos últimos anos.
Em entrevista à agência Lusa, a propósito do Dia Nacional da Igualdade Salarial, que se assinala esta sexta-feira, a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) destacou que nos últimos quatro anos Portugal tem evoluído de forma positiva na diminuição das desigualdades salariais entre mulheres e homens.
Sobretudo porque com a retoma da economia o salário mínimo aumentou e nós sabemos que o maior grupo de pessoas que recebe salário mínimo são mulheres, o que significa naturalmente que a disparidade diminuiu”, apontou Joana Gíria.
Outro fator que contribuiu para essa diminuição foi a “desvalorização do salário dos homens durante o período de crise e que ainda não foi totalmente retomada”.
A presidente da CITE explicou que em Portugal o Dia da Igualdade Salarial assinala-se simbolicamente em 08 de novembro, porque marca o número de dias em que as mulheres não são pagas face ao que é o seu rendimento.
Havendo uma disparidade de 14,8% de rendimento em desfavor das mulheres, fazendo as contas, são 54 dias por ano que as mulheres teriam de trabalhar a mais para atingirem os rendimentos dos homens. Ou, de outro modo, os homens poderiam deixar de trabalhar no dia 08 de novembro e as mulheres teriam de continuar até ao fim do ano para receberem o mesmo salário”, referiu.