Futuro da Europa depende da solidariedade, diz Carlos Moedas - TVI

Futuro da Europa depende da solidariedade, diz Carlos Moedas

Carlos Moedas (Lusa)

Comissário europeu defende, a propósito do Dia da Europa, que a solidariedade é "um valor político supremo" e um elemento para "compreender e enfrentar" as crises.

O comissário europeu Carlos Moedas defendeu esta segunda-feira que o futuro da Europa depende da solidariedade, “um valor político supremo” e um elemento para “compreender e enfrentar” as crises.

Carlos Moedas falava a propósito do Dia da Europa, que se assinala esta segunda-feira, numa cerimónia na representação da Comissão Europeia em Portugal, quando foi também lançado o Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa, em homenagem ao jornalista, que morreu em 2014.

Na presença de vários ministros, deputados e corpo diplomático, o comissário disse que há uma década havia “esperança e otimismo” na União Europeia, com o euro a dar os primeiros passos e novos países a aderirem, estando hoje essa Europa confrontada “com desafios que parecem irresolúveis”.

Questionando se a Europa será hoje capaz de cumprir os seus desígnios, de promover os seus valores e a paz entre os povos, o comissário respondeu que a Europa está hoje “mais capaz” para esses desafios.

Mas tem, acrescentou, de ser solidária, o que não acontece quando aceita que só Itália e Grécia suportem o drama dos refugiados, assim como a Alemanha, quando não se eliminam barreiras económicas ou quando não se partilham informações para combater o terrorismo.

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Carlos Moedas lembrou depois o jornalista Fernando de Sousa, que noticiava assuntos europeus a partir de Bruxelas, nomeadamente para a estação televisiva SIC, o mesmo fazendo a seguir Francisco Pinto Balsemão, também ele jornalista no passado, em nome do grupo Impresa e da estação televisiva.

“Não são muito vulgares as homenagens a jornalistas”, até por nem sempre serem “figuras simpáticas”, disse Pinto Balsemão, quando lembrou o percurso profissional de Fernando de Sousa e o prémio criado pela Comissão Europeia, um “reconhecimento mais ajustado” ao trabalho do jornalista durante 23 anos em Bruxelas.

Balsemão lembrou a carreira de Fernando de Sousa, do tempo em que trabalhou para rádios, depois de uma década em Londres (na BBC), antes do trabalho como correspondente, em Bruxelas, para o Diário de Notícias e, logo a seguir, para a SIC.

Fernando de Sousa, que morreu a 9 de outubro de 2014 e era comendador da Ordem do Infante D. Henrique, foi o jornalista português que mais cimeiras europeias acompanhou, lembra a Comissão.

O prémio com o seu nome será atribuído, já em 2017, a jornalistas e estudantes de jornalismo que tenham contribuído, “de forma notável, para clarificar questões importantes a nível europeu, ou que tenham promovido um melhor conhecimento de instituições ou políticas da União Europeia em Portugal”.

São aceites trabalhos nas áreas da imprensa, rádio, televisão e internet, que forem publicados entre hoje e 14 de janeiro do próximo ano. O prémio para a categoria jornalista é de cinco mil euros e, para a categoria estudante, de três mil.

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