CGTP marca duas manifestações contra a «troika» - TVI

CGTP marca duas manifestações contra a «troika»

E a UGT considera fundamental um «governo de maioria»

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O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou este domingo «fundamental» que haja um governo de maioria nas próximas eleições de 5 de Junho, e recusou que seja posto em causa o 13º e 14º meses de salário, escreve a Lusa.

«É fundamental um governo de maioria. Queremos compromissos claros dos partidos para o futuro do país», afirmou João Proença, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, no seu discurso de encerramento da manifestação do Dia do Trabalhador.

Mas o responsável da UGT deixou um «recado» para a troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), governo e partidos: «não podemos aceitar mais condições e sacrifícios para os trabalhadores. Vamos responsabilizar aqueles que celebrarem um mau acordo».

Perante pouco mais de duas mil pessoas, que se abrigavam da chuva intensa como podiam, João Proença reiterou que os sindicatos afectos à UGT «não aceitam que se ponha em causa o 13º e o 14º meses de salário, a redução do salário mínimo, a quebra dos direitos adquiridos e o respeito pela negociação colectiva».

O responsável sindical exigiu ainda o respeito pela Constituição, a regulação efectiva do sector financeiro, o combate à economia paralela e o fim da precariedade no emprego, exigindo do próximo governo «políticas públicas que combatam a especulação e a corrupção».

«Contra a ingerência da UE e do FMI»

A CGTP convocou duas manifestações para 19 de Maio, uma em Lisboa e outra no Porto, contra «a ingerência da UE e do FMI». E o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, anunciou desde já as «duas grandes manifestações» contra as medidas que venham a ser impostas na sequência da negociação entre o governo português e a «troika», perante milhares de pessoas que celebravam o Dia do Trabalhador na Alameda.

Carvalho da Silva deixou um apelo a todos para que participassem nas manifestações com o objectivo de mostrarem que «o país tem alternativas».
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