Governo, imune a críticas, confirma Sampaio da Nóvoa na UNESCO - TVI

Governo, imune a críticas, confirma Sampaio da Nóvoa na UNESCO

  • 8 fev 2018, 15:23

Diplomatas contestaram escolha de professor e ex-candidato à Presidência da República para o cargo. Conselho de Ministros aprovou nomeação esta quinta-feira

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a nomeação de Sampaio da Nóvoa para a chefia da missão permanente de Portugal junto da UNESCO, depois de os diplomatas terem contestado esta escolha do Governo.

Foi proposta a nomeação de António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa para a chefia permanente de Portugal junto da Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)", informa o comunicado do Conselho de Ministros.

Esta decisão de escolher o professor e antigo candidato presidencial Sampaio da Nóvoa já tinha sido contestada, na terça-feira, pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, que manifestaram "completa surpresa e estranheza" perante esta escolha.

Os diplomatas pediram ao Governo que reconsiderasse esta escolha, mas o executivo garantiu então "que o processo seguirá o seu curso".

Contactado pela Lusa, o presidente da assembleia-geral da associação, o embaixador Manuel Marcelo Curto considerou que "para um posto diplomático, nomeia-se um diplomata".

Já na quarta-feira, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, sublinhou que quem escolhe os embaixadores é o Governo e "não uma classe profissional" e indicou que Sampaio da Nóvoa, nomeado para representar Portugal na UNESCO, será o único "embaixador político".

A nomeação de embaixadores que não são diplomatas, na tradição portuguesa, que é uma boa tradição, é absolutamente excecional. Com a sua nomeação, o professor Sampaio da Nóvoa será o único chefe de missão que não é diplomata", afirmou então aos jornalistas Augusto Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu também que "a tradição portuguesa é também reservar ou apenas indicar os chamados embaixadores políticos para organizações multilaterais como o Conselho da Europa, OCDE ou a UNESCO" e, "quando o têm feito vários governos, os resultados têm sido positivos".

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