OE2020: Costa acusa Rio de ter usado debate orçamental como instrumento de campanha no PSD - TVI

OE2020: Costa acusa Rio de ter usado debate orçamental como instrumento de campanha no PSD

  • Notícia atualizada às 16:53
  • 6 fev 2020, 14:59

Primeiro-ministro considerou que os sociais-democratas protagonizaram "cenas patéticas" na questão do IVA da eletricidade

O primeiro-ministro acusou, esta quinta-feira, o presidente do PSD de ter utilizado o debate orçamental como instrumento da sua "campanha eleitoral interna" e considerou mesmo que os sociais-democratas protagonizaram "cenas patéticas" na questão do IVA da eletricidade.

António Costa fez estas críticas diretas a Rui Rio após a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2020 ter sido aprovada em votação final global apenas com os votos favoráveis do PS, as abstenções do Bloco de Esquerda, PCP, PAN, PEV e deputada Joacine Katar Moreira, e os votos contra do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega.

É manifesto que o doutor Rui Rio foi utilizando as sucessivas etapas deste debate orçamental como um instrumento da sua campanha eleitoral. Já tinha sido assim no debate na generalidade e culminou nestas cenas patéticas a que assistimos nos últimos dias de avanços e recuos absolutamente irresponsáveis em matéria de IVA da eletricidade", acusou o primeiro-ministro.

Essa linha, segundo António Costa, foi usada por Rui Rio "seguramente para poder tentar exibi-la como uma grande atuação política no congresso deste fim de semana" do PSD em Viana do Castelo.

Agora, com toda a franqueza, quem quer fazer política tem de estar na política com responsabilidade. Não podemos estar a fazer política para a bancada, um Orçamento do Estado não é propriamente um outdoor, onde se afixam promessas eleitorais, devendo ser antes um instrumento de responsabilidade", contrapôs.

Discurso de Centeno não soou a despedida do Governo

O primeiro-ministro recusou que o seu ministro de Estado e das Finanças tenha feito um discurso de despedida do Governo, esta quinta-feira, no parlamento, e Mário Centeno desvalorizou a questão sobre a sua continuidade no executivo socialista.

Perante os jornalistas, António Costa foi questionado se este foi o último Orçamento da responsabilidade do ministro de Estado e das Finanças, já que, para alguns observadores políticos, Mário Centeno terá feito hoje, no final do debate do Orçamento, uma espécie de discurso de despedida.

Para António Costa, no entanto, esse discurso de Mário Centeno "não soou a despedida", e procurou logo a seguir desviar o assunto.

Este é o Orçamento da continuidade dos quatro anos anteriores", argumentou.

Perante a insistência dos jornalistas sobre a continuidade ou não no Governo de Mário Centeno, António Costa passou a palavra ao seu ministro de Estado e das Finanças.

Acho que os portugueses estão mais interessados em que o Orçamento se execute com o mesmo rigor que os anteriores. Honestamente, acho que é isto que interessa aos portugueses", declarou.

 

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