O conselheiro nacional CDS-PP, também responsável pela pasta da Economia, falava no final de uma reunião da Comissão Política Nacional centrista, que durou quase três horas.
Pires de Lima invocou o seu estatuto «de convidado» nesta reunião da Comissão Política do CDS-PP, onde esteve para «partilhar o seu sentimento relativamente à economia em 2015» e não respondeu a perguntas dos jornalistas sobre outros temas.
«Creio que a economia portuguesa está a viver um momento de viragem, que terá confirmação em 2015 e que se traduzirá, eu espero, num sentimento mais positivo também na vida das pessoas ao longo deste ano, com uma recuperação do emprego e uma melhoria gradual do rendimento das pessoas», afirmou o governante.
O ministro da Economia voltou a dizer que 2014 foi «o melhor ano de sempre» para as exportações portuguesas, «mais 40 por cento do que em 2009».
«Ao contrário da década passada, desta vez o crescimento é sustentável», afirmou Pires de Lima, que apontou as «contas externas positivas», com a economia a «exportar mais do que importa» como um facto «verdadeiramente de realçar e extraordinário».
«Isto foi verdade pela primeira vez em 70 anos», observou.
António Pires de Lima referiu ainda que «os indicadores de confiança dos consumidores» atingiram o valor «máximo dos últimos 13 anos» e que «o dos agentes económicos está no melhor ponto desde maio de 2011».
Questionado sobre as negociações entre o CDS e o PSD para uma coligação pré-eleitoral, o centrista recusou-se a fazer comentários.
«Estou aqui como convidado, nesta Comissão Política, e creio que não seria curial estar-me a pronunciar sobre esta matéria, o que senti verdadeiramente como dirigente do partido é que o está concentrado nas eleições de março na Madeira», respondeu.
Pires de Lima rejeitou ainda responder a questões sobre a oferta pública de aquisição ao BPI, as críticas do governo grego a Portugal e sobre as alegadas dívidas do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à Segurança Social.
«Tenho uma enorme honra em pertencer a este Governo liderado pelo doutor Pedro Passos Coelho», afirmou apenas.