Candidato do PCP diz que agora presidenciais ganham "outra centralidade" - TVI

Candidato do PCP diz que agora presidenciais ganham "outra centralidade"

Edgar Silva apresenta candidatura à Presidência da República

"O pior que poderia acontecer era a eleição para Presidente da República constituir um retrocesso em relação aos avanços democráticos agora garantidos", diz Edgar Silva, aludindo à nova maioria de esquerda

O candidato presidencial apoiado pelo PCP, Edgar Silva, alertou esta quarta-feira que “seria um retrocesso perigoso e democrático ter um Presidente da República que se viesse a constituir como um fator de retaliação, bloqueio e entrave”.

À margem de um almoço com Associações Profissionais de Militares, em Lisboa, Edgar Silva disse aos jornalistas que “a partir de agora a eleição para Presidente da República ganha uma outra centralidade e uma importância maior”, uma vez que as legislativas configuraram uma nova maioria e razões e condições para uma nova solução de Governo.

“O pior que poderia acontecer era a eleição para Presidente da República constituir um retrocesso em relação aos avanços democráticos agora garantidos”, disse, citado pela Lusa, alerta que “seria um retrocesso perigoso e democrático ter um Presidente da República que se viesse a constituir como um fator de retaliação, de bloqueio e de entrave”.

Edgar Silva deixa por isso um apelo para que “todos aqueles portugueses que contribuíram a 04 de outubro para derrotar a direita, para suster toda uma ofensiva que era de destruição do interesse nacional, tem nas eleições para o Presidente da República também este sentido de responsabilidade de não permitir qualquer tipo de retrocesso”.

“Injustamente e indevidamente o Presidente da República fez prolongar todo um processo para uma decisão que se impunha como inevitável”, criticou ainda.

Na opinião do comunista, agora estarão criadas as condições para que “a Assembleia da República possa legislar, para que o Governo possa governar e o que esperamos é que este possa corresponder a um tempo para um tempo novo”.

“O mais elementar bom senso recomendaria, mas a Constituição assim o exige que da parte do Presidente da República exista um grande respeito pelos outros órgãos de soberania e um especial empenho, zelo no sentido de garantir o normal funcionamento das instituições democráticas”, enfatizou.
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