Fundador do PS critica «unanimismo estéril» à volta de Sócrates - TVI

Fundador do PS critica «unanimismo estéril» à volta de Sócrates

Política

Edmundo Pedro lamenta que as «práticas anti-democráticas» se tenham «instalado» no partido

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Edmundo Pedro criticou, este sábado, no XVIII congresso do PS em Braga, o «unanimismo estéril» criado à volta de José Sócrates nos últimos anos, lamentando que se tenham «instalado práticas anti-democráticas» no partido.

«Este congresso retoma a grande tradição democrática do nosso partido. Desta vez, trata-se de uma reunião plural, destinada a confrontar e discutir ideias de dois candidatos altamente qualificados, e não de congressos como os últimos, marcados por um unanimismo estéril, destinado a entronizar acriticamente o novo líder», apontou.

O fundador do PS considerou ainda que José Sócrates não dedicou ao partido «a atenção que o seu cargo de secretário-geral lhe impunha».

Para o histórico socialista, em vez da «vontade soberana do líder», deve prevalecer agora a discussão «aberta e plural».

«Confio que se dê início a uma nova relação entre os dirigentes e as bases e que o novo ciclo consiga erradicar as práticas anti-democráticas que se foram instalando no seio do partido um pouco por toda a parte», reforçou.

Quase a completar 93 anos, e com alguma emoção na voz, Edmundo Pedro referiu que esta foi «provavelmente a última oportunidade» de se dirigir aos militantes do partido.

«Dediquei à construção do PS e à edificação e consolidação do regime democrático os últimos anos válidos da minha longa existência. Suportei voluntariamente incontáveis sacrifícios, dos quais de nada estou arrependido. Ao aproximar-me do fim da minha longa e agitada intervenção política, não posso deixar de me sentir comovido», concluiu.
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