Fundador do PS diz que «maioria silenciosa» de militantes votará em Nobre - TVI

Fundador do PS diz que «maioria silenciosa» de militantes votará em Nobre

Fernando Nobre- 1º dia de campanha (FERNANDO VELUDO/LUSA)

Edmundo Pedro esteve esta segunda-feira num jantar de apoio à candidatura do presidente da AMI

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O fundador do PS Edmundo Pedro, apoiante da anterior candidatura presidencial de Manuel Alegre, afirmou esta segunda-feira que há uma «maioria silenciosa» de militantes socialistas que vão votar em Fernando Nobre, noticia a Lusa.

Num jantar de apoio ao candidato que se apresenta sem apoios partidários, na Figueira da Foz, Edmundo Pedro afirmou que «há muitos militantes do PS que estão com Fernando Nobre», ilustrando com o que se passa na sua secção, Alvalade, onde uma «maioria silenciosa» não se revê na candidatura de Manuel Alegre, apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda.

Edmundo Pedro, com 92 anos, garantiu falar com «conhecimento de causa» e assumiu que apesar de ser «um membro dirigente do PS», está com Fernando Nobre «desde a primeira hora».

O fundador do PS esteve na comissão de honra da candidatura presidencial de Manuel Alegre em 2006, mas uma história com mais de 30 anos não o deixa apoiar o candidato do PS desta vez.

«Processo das armas»

Aos jornalistas, Edmundo Pedro afirmou que ainda reclama que Manuel Alegre venha a público esclarecer as circunstâncias que levaram à sua prisão em 1978, no chamado «processo das armas».

Edmundo Pedro explicou que não perdoa Alegre por este ainda não ter assumido a responsabilidade na organização de uma entrega de armas militares ao PS em 1975, recebidas por ambos e prontas a usar na eventualidade de uma guerra civil no «Verão quente» que se seguiu à Revolução.

O fundador do PS viria a estar detido durante seis meses em 1978 por armazenar as armas e considera que Manuel Alegre «devia ter falado e não falou».

Quanto a Nobre, Edmundo Pedro afirmou que o apoia, entre outras razões, por este ser «crítico da maneira como o Estado é apropriado pelos partidos».

«Ele não é contra os partidos, mas contra a maneira de funcionar destes partidos», argumentou.
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