Catroga: "Governo não conseguiu reduzir excesso de peso do Estado" - TVI

Catroga: "Governo não conseguiu reduzir excesso de peso do Estado"

  • Redação
  • VC - Notícia atualizada às 01:25 de quinta-feira
  • 3 jun 2015, 23:37

Economista que negociou o memorando de entendimento com a troika defende um consenso entre todos os partidos políticos no que toca ao problema da sustentabilidade da Segurança Social, tendo como ponto de partida uma análise independente por uma "royal comission"

O economista Eduardo Catroga, ele que foi o negociador, por parte do PSD, do memorando de entendimento com a troika, diz que o Governo não conseguiu reduzir o "excesso de peso do Estado", que tem de continuar na próxima legislatura. 

O professor esteve esta quarta-feira no programa "Política Mesmo" da TVI24, logo depois de a coligação PSD/CDS-PP ter apresentado as suas linhas orientadoras para o programa eleitoral, que será conhecido no final de junho.

Em vez de se focar na falta de detalhe dessas bases programáticas, Catroga preferiu salientar que a estratégia seguida estará certamente "em articulação" com o Programa de Estabilidade e com o Plano Nacional de Reformas. "Com certeza vai haver ajustamentos, mas não são de esperar grandes alterações à linha de rumo", assinalou.

Catroga advertiu que qualquer que venha a ser o próximo Governo terá como "desafio" a recuperação da economia, que ainda está numa situação "frágil". E disse que o Executivo de Passos Coelho não conseguiu "reduzir o excesso de peso do Estado" nos últimos quatro anos. A "dieta" começou, mas não produziu os resultados desejados. 

O próximo Governo terá forçosamente de encontrar formas de reduzir despesa ou aumentar impostos, se quiser ganhar mais em salários e pensões. 

O economista defendeu que, no que toca às pensões, deve haver um consenso entre "todos" os partidos, partindo de uma análise técnica independente, com o apoio da Assembleia da República, "a que os ingleses chamam de royal comission". O objetivo seria encontrar um modelo sustentável para a Segurança Social e um compromisso duradouro. Porque, assinalou, os portugueses "merecem" isso. 

"Não vale a pena fingir que não existe um problema", disse, numa crítica implícita ao PS. 


 
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