PS junta-se ao independente Guilherme Aguiar na Câmara de Gaia - TVI

PS junta-se ao independente Guilherme Aguiar na Câmara de Gaia

Noite eleitoral autárquica 2013 (Lusa)

Movimento terá direito a a pelouros na vereação, mas não estão ainda distribuídas as pastas

O PS de Gaia assinou hoje um acordo de compromisso com o movimento independente «Juntos por Gaia» para assegurar a governabilidade da câmara, conseguindo assim o executivo juntar oito vereadores contra os três eleitos pelo PSD/CDS.

«É absolutamente inviável e impossível que haja qualquer acordo com o PSD atual de Vila Nova de Gaia e com os vereadores que o representam na câmara municipal», garantiu o presidente eleito, e socialista, Eduardo Vítor Rodrigues.

A 29 de setembro, o Partido Socialista não conseguiu a maioria absoluta em Gaia, tendo elegido apenas cinco mandatos, contra seis da oposição (três pela coligação PSD/CDS e três pelos independentes liderados por Guilherme Aguiar).

Para «garantir condições de governabilidade», e ultrapassar a falta de maioria absoluta, o PS assinou um compromisso com os independentes, que terão agora direito a pelouros na vereação, não estando ainda distribuídas as pastas.

«Neste momento o que temos é um acordo programático. Amanhã encerraremos o processo, que não implicará pelouros para todos os vereadores da lista de Guilherme Aguiar, implicará para alguns e implicará responsabilidades, isso sim, políticas e de empenho e de envolvimento no projeto autárquico de Gaia», explicou o autarca, que já em campanha assumiu que ficaria com os pelouros da educação e ação social.

Sem querer entrar em pormenores, adiantou apenas não ser «difícil perceber que há áreas que estão mais desenhadas para pessoas em concreto».

Também Guilherme Aguiar, que encabeçava o movimento independente, espera que «a solução do presidente abarque soluções que constituam mais-valia«, lembrando que por já ter desempenhado funções em Gaia existem «áreas de intervenção» em que está «mais à vontade».

O acordo de compromisso a vigorar durante os quatro anos do mandato foi apenas possível pela «semelhança de propostas políticas» constantes dos programas eleitorais de cada uma das candidaturas e pelo «entendimento perfeitamente atingível» entre os seus líderes.

«Ambas as candidaturas, nas propostas e compromissos políticos que assumiram perante o eleitorado, priorizaram a pessoa humana como centro, objeto e destino do essencial da ação política no quadriénio 2013-2017, tendo também ambas coincidido na necessidade de conhecer, com rigor, o ponto de partida no tocante à situação financeira da Câmara Municipal de Gaia e empresas municipais», refere o documento citado pela Lusa.

Do compromisso fazem parte as promessas de reduzir o IMI em 14% até ao final do mandato, de assumir que todos os livros são gratuitos para o 1.º ciclo e tendencialmente gratuitos para o 2.º, de exigir a abertura imediata do Centro de Reabilitação do Norte e de isentar totalmente de IMI todas as novas empresas que gerem cinco postos de trabalho.

Eduardo Vítor Rodrigues admitiu ainda que «quaisquer que tivessem sido os resultados, a disponibilidade do PS e do presidente para a abertura a outros atores políticos seria total», mas realçou que «daqui a três anos e nove meses, cada um tem o seu caminho a seguir».
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