Avaliação: ministra «completamente isolada» na «teimosia» e no «disparate» - TVI

Avaliação: ministra «completamente isolada» na «teimosia» e no «disparate»

Debate parlamentar - Foto Lusa, Tiago Petinga

Louçã diz que há uma «falta de bom senso contagiante» entre as pessoas no Ministério da Educação que «teimam em fazer» esta avaliação

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O Bloco de Esquerda (BE) desvalorizou a simplificação anunciada pelo Governo para a avaliação dos professores, afirmando que a ministra da Educação está «completamente isolada» na «teimosia» e no «disparate» de insistir no modelo.

«A ministra está completamente isolada. O Conselho de Ministros é talvez o único lugar em que pode encontrar quem concorde com esta teimosia, com este disparate que se transformou» a avaliação, afirmou o coordenador da comissão política do BE, Francisco Louçã, no final de um encontro com a plataforma sindical dos professores.

Para Louçã, há uma «falta de bom senso contagiante» entre as pessoas no Ministério da Educação que «teimam em fazer» esta avaliação, que num ano é «provisória e transitória no ano seguinte».

«Quanto foi precisa responsabilidade, o Governo falhou e a ministra falhou», afirmou, ao lado de Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e outros dirigentes sindicais.

Para os bloquistas, «era preciso tomar medidas concretas» como uma «avaliação externa para permitir um olhar rigoroso sobre todas as escolas, mobilizar as escolas para que definam um plano estratégico para a melhoria da qualidade, para o combate ao abandono, para ter um ensino com a melhor qualidade».

O executivo, acusou, «fecha os olhos» a essas medidas «porque só quer pensar na perseguição e no braço-de-ferro com os professores».

Fenprof atribui «significado político» à simplificação decidida pelo Governo

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) atribui «significado político» à simplificação, anunciada quinta-feira pelo Governo, do modelo de avaliação, e vai manter todo o calendário de manifestações.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e porta-voz da plataforma sindical dos professores, relativizou as decisões do Governo e insistiu que o modelo de avaliação «é inaplicável, não serve e deve ser suspenso». «Um significado político, tem. É que o modelo é inaplicável, não serve e deve ser suspenso», afirmou.

De resto, os sindicatos mantêm o calendário de manifestações regionais, na próxima terça-feira, e Mário Nogueira admite que os protestos se realizem agora de «forma mais forte». Porque, advertiu, «não há um recuo do Governo»: «O que o Governo fez foi simplificar algo que se não fosse simplificado não se aplicava».

O dirigente sindical sublinhou que este é o segundo ano consecutivo em que o Governo tem que «simplificar» o modelo e daí afirmar que este «é um modelo que não serve».
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