A análise de Marcelo: «Diferenças nos textos da troika não são irrelevantes» - TVI

A análise de Marcelo: «Diferenças nos textos da troika não são irrelevantes»

Análise diária em exclusivo para o tvi24.pt

A menos de uma semana das eleições, Marcelo Rebelo de Sousa registou o facto da campanha estar mais centrada nas acções de rua e menos na Internet, ao contrário do que seria de esperar. E deu destaque ao desmentido do Presidente da República, que disse não ter qualquer papel a desempenhar e nenhuma opinião sobre a proposta de Passos Coelho reduzir o Governo a dez ministros.

No comentário diário em exclusivo para o tvi24.pt, sublinhou a importância do momento. «O Presidente da República veio dizer que é totalmente imparcial e, portanto, não tem qualquer opinião sobre o número de membros do Governo ou a sua composição», começou por referir, acrescentando:

«O que faz todo o sentido e isso permitiu dar outra explicação ao facto de Pedro Passos Coelho ter mostrado maior maleabilidade em relação ao número de ministros e não de ministérios. É que aquele número era para um Governo de maioria absoluta, para um Governo com maioria de coligação com o CDS há uma necessidade de repartição de lugares, o que poderá obrigar a uma mudança ligeira de número de ministros».

Para Marcelo, porém, o caso do dia foi ainda o facto de se saber agora que há duas versões do acordo com a troika. Destacou as contradições entre os partidos e refere: «Temos alterações de conteúdo, mas sobretudo mudanças de calendário e que são importantes, porque antecipam. E não são medidas irrelevantes, mas pesadas, como as taxas moderadoras».

Apesar de Sócrates dizer que se tratam de «pormenores técnicos», Rebelo de Sousa considera que se trata de um «pormenor político» e aponta responsabilidades: «Do Governo é certamente e sobretudo pela forma insensível como trata uma questão política como se fosse menor. Ora, nada é menor neste acordo, só é maior o passar-se mais de uma semana de campanha sem ninguém falar no conteúdo do acordo. Isso é que eu acho verdadeiramente espantoso».
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