A ex-eurodeputada Ana Gomes vai ser candidata à Presidência da República, juntando-se assim a André Ventura e Marisa Matias na corrida a Belém.
Serei candidata”, anunciou Ana Gomes, citada pelo Público.
De acordo com o jornal, o anúncio oficial vai ser feito na próxima quinta-feira, às 16h, na Casa da Imprensa, em Lisboa.
A socialista já tinha admitido, numa entrevista a 17 de maio, que iria refletir sobre uma possível candidatura. Na altura disse: "Admito refletir, é isso que vou fazer".
Enquanto militante, Ana Gomes criticou António Costa por ter assumido uma posição sobre as presidenciais - lançando Marcelo Rebelo de Sousa para um segundo mandato - quando "não estava na qualidade sequer de dirigente partidário, mas na qualidade de primeiro-ministro".
Considera “um erro” o PS não ter um candidato próprio e “nunca quis uma candidatura que dividisse o partido”.
Contudo, “a partir do momento em que [António] Costa e outros socialistas apoiaram, ainda que indiretamente, uma eventual recandidatura de Marcelo [Rebelo de Sousa], achou que a sua voz de esquerda podia ser útil para o debate”.
Segundo o jornal, “já depois de revelar que estava a ponderar avançar, Ana Gomes teve vários apoios dentro e fora do PS, como o do também socialista Francisco Assis, o de Ricardo Sá Fernandes, dirigente do Livre, e do professor universitário Nuno Garoupa, entre outros”.
Entre as vozes contra esta candidatura, é citada a de Carlos César, presidente do PS, que afirmou que “só numa situação limite votaria em Ana Gomes”.
Nas últimas eleições presidenciais, realizadas em 2016, em que o antigo presidente do PSD foi eleito com 52% dos votos, houve dois candidatos da área política do PS, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa, e o partido não declarou apoio oficial a nenhum.
De recordar que Marcelo remeteu a decisão de uma eventual recandidatura para outubro.