O Presidente da República revelou esta terça-feira que encarregou Passos Coelho de desenvolver diligências "com vista a avaliar as possibilidades de constituir solução governativa".
Numa comunicação ao país, Cavaco Silva sublinhou que nenhuma força política teve maioria de mandatos no parlamento e acrescenta que a solução governativa a ser encontrada por Passos tem se assegurar a estabilidade política e a governabilidade do país.
“É fundamental, que tendo os portugueses feito as suas escolhas, seja agora formado um governo estável e duradouro. Cabe aos partidos que elegeram deputados à Assembleia da República revelar abertura para um compromisso, que, com sentido de responsabilidade, assegure uma solução governativa consistente”.
Cavaco lembrou que o Presidente da República não pode substituir-se aos partidos no processo de formação de governo e acrescentou que até abril não pode dissolver o parlamento.
“Portugal necessita, neste momento, de um governo com solidez e estabilidade. Este é o tempo do compromisso”
Afirmando que o país enfrenta “complexos desafios”, o PR avisou que Portugal deve seguir uma trajetória sustentável de crescimento económico e de criação de emprego, que, segundo Cavaco Silva, permita a eliminação dos sacrifícios impostos aos portugueses. Mas esse crescimento, avisou, tem de ser alcançado ao mesmo tempo que se cumprem as regras europeias de disciplina orçamental.
A comunicação de Cavaco Silva aconteceu depois do encontro desta com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que durou cerca de um hora.
Leia na íntegra a declaração de Cavaco Silva
A TVI sabe que o PSD e o CDS vão assinar esta quarta-feira, às 11:00, um acordo de coligação a pensar no próximo Governo. Os órgãos nacionais dos dois partidos da coligação vão aprovar esta noite o acordo de Governo, sendo que a assinatura irá acontecer num hotel em Lisboa.
O Conselho Nacional do CDS-PP tem reunião mcarada a partir das 20:30. O PS também tem marcada para esta noite, às 21:30, uma reunião da sua comissão política.
No domingo, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as eleições com 38,55% (104 deputados), o PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu a terceira força política com 10,22% (19 deputados), a CDU alcançou 8,27% (17 deputados) e o PAN vai estrear-se no parlamento, com um deputado, 1,39% dos votos.