"Empate em sondagens? As pessoas querem é desempatar a sua vida" - TVI

"Empate em sondagens? As pessoas querem é desempatar a sua vida"

  • Sofia Santana
  • 19 set 2015, 15:36
Arruada do Bloco de Esquerda

Arruada do Bloco de Esquerda no Porto de Leixões ficou marcada pela simpatia dos populares. Para o partido, é o "reconhecimento" das propostas apresentadas

Os que aguardavam por uma visita ao Porto de Leixões, em Matosinhos, terão sido surpreendidos pela comitiva do Bloco de Esquerda, este sábado. Os bloquistas, liderados por Catarina Martins e José Soeiro, distribuíram jornais, apelos e sorrisos e, em troca, receberam palavras de apoio e até abraços, bem expressivos. Uma simpatia que para o partido é o "reconhecimento das propostas" apresentadas. Sobre as sondagens e um eventual empate entre coligação e PS, o Bloco foge ao assunto para se focar na sua mensagem: "as pessoas querem é desempatar a sua vida".

A iniciativa arrancou já passava do meio dia. A fila para as visitas ao Porto de Leixões era longa, não houvese este ano uma atração ainda maior: o recém inaugurado terminal de cruzeiros. Aproveitando este facto, Catarina Martins deixou vários apelos, em torno da palavra "mudança". E os potenciais eleitores pareciam estar em sintonia com a ideia.  

"Há muitos caçadores, mas nenhum consegue caçar este coelho". A metáfora foi usada por um dos populares e não precisa de explicações, espelhando o ambiente que se viveu nesta arruada. 

Dos mais velhos aos mais pequenos, a porta-voz do BE dirigiu-se a todos. E recebeu de todos. 

"Onde é que ela está? Ela é pequenina, mas quando fala, cuidado", ouvia-se entre a multidão. Não era só Catarina que falava os populares. Estes também faziam questão de falar com ela e, pelo meio, até lhe pediram para posar para a fotografia. 

Mas terá sido logo no início da arruada, o momento para mais tarde recordar. Lúcia Marques, uma reformada de 69 anos, mas cujo "espírito" diz rondar a casa dos 20 anos, deu um abraço expressivo à porta-voz do BE, para logo depois, lhe dar uma certeza: a 4 de outubro, vai votar no Bloco.

"Tudo vai mal", disse a Catarina Martins, lamentando sobretudo "os jovens que tiveram de emigrar".
 
O sol que encheu a manhã no Porto de Leixões combinava, assim, com a simpatia dos que ali se encontravam. E nem a música muito alta, em fundo, causou mossa à arruada.

 "A simpatia é o reconhecimento das propostas. Não falamos de abstrações, falamos de coisas concretas", afirmou a dirigente do BE.


Um reconhecimento que o partido espera que se traduza também, em número de votos, no ato eleitoral.

No final, ainda houve tempo para falar em sondagens e empates. Depois de a última sondagem conhecida ter colocado PS e coligação taco a taco, Catarina Martins foi perentória: os empates são bons para os comentadores políticos, mas o que as pessoas querem é "desempatar a sua vida".

Sobre a notícia avançada pelo semanário "Expresso", que dá conta que o Presidente da República vai dar posse a quem tiver mais mandatos, a bloquista recusou tecer comentários. Preferiu falar na Constituição e na sua "clareza". 

"A Constutuição é clara. O Presidente da República dará posse ao partido que tiver maior bancada parlamentar para formar Governo."

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