Isso é Tudo Muito Bonito, Mas “morte aos traidores” foi suspensa - TVI

Isso é Tudo Muito Bonito, Mas “morte aos traidores” foi suspensa

PCTP/MRPP suspende frase de material de campanha eleitoral para as eleições legislativas depois de ser alvo de sátira no programa dos Gato Fedorento na TVI

Depois de ter sido alvo de sátira no programa “Isto é Tudo Muito Bonito, Mas”, na TVI, o PCTP/MRPP anunciou, esta quinta-feira, que suspendeu do seu material de campanha eleitoral a frase “Morte aos Traidores”. Panfletos do partido para as eleições legislativas de outubro começavam com a frase “Morte aos Traidores! Fora do Euro.”

“O Comité Central do Partido e a Candidatura Nacional do PCTP/MRPP vêm comunicar que a palavra de ordem morte aos traidores foi suspensa da campanha eleitoral em curso”, lê-se num comunicado enviado à redação da TVI.


Em declarações aos jornalistas na Covilhã, o candidato do PCTP/MRPP pelo círculo eleitoral de Lisboa às eleições legislativas, Garcia Pereira acrescentou, também esta quinta-feira, que a retirada da frase foi apenas para "satisfazer as objeções suscitadas pela mandatária nacional para a juventude, Virgínia Valente", e que abrange todos os meios da campanha eleitoral, nomeadamente os tempos de antena.
 

Esta decisão "não terá o mérito de salvar os traidores do opróbrio e da morte certa que os espera”, fez questão de sublinhar Garcia Pereira.


Garcia Pereira defendeu esta semana, em Palmela, que é preciso "correr com os traidores da Pátria e recuperar a independência do país", o que causou várias críticas e indignação em vários setores da sociedade.

A Comissão Nacional de Eleições já fez saber que analisa, esta quinta-feira à tarde, as várias queixas sobre o material de campanha do PCTP/MRPP.
 
"Houve algumas queixas, o assunto está agendado para hoje [quinta-feira] à tarde, eventualmente os serviços poderão notificar o visado, mas também poderá ser entendido como uma metáfora", disse à agência Lusa o porta-voz da CNE, João Almeida.
 
A mesma fonte frisou que a Comissão não é um órgão de censura e que, à exceção dos tempos de antena (pagos pelo Estado), normalmente não interfere com a liberdade de expressão na campanha.
 
Em último caso, se entender que estão em causa situações de incitamento ao ódio ou de apelo à violência, a CNE remete a questão para o Tribunal Constitucional, acrescentou.
 
João Almeida recordou que, nos últimos anos, apenas uma vez a CNE adotou este procedimento, quando durante a campanha para as eleições legislativas regionais na Madeira um partido associou o presidente do governo regional a Hitler.
 
"Mesmo assim, o TC entendeu que eram metáforas", referiu.
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