Madeira: PCTP/MRPP acusa Albuquerque de estar «calado que nem um rato» - TVI

Madeira: PCTP/MRPP acusa Albuquerque de estar «calado que nem um rato»

Garcia Pereira [Foto: EPA]

Durante um encontro/debate no Funchal, Garcia Pereira, dirigente nacional do partido, disse que a Madeira vive uma «situação gravíssima de verdadeira calamidade social e económica»

 A candidatura do PCTP/MRPP às eleições da Madeira considerou este sábado que Miguel Albuquerque (PSD) está «calado que nem um rato» à espera de captar votos, para depois aplicar medidas que vão provocar 30 mil desempregados na função pública.

Durante um encontro/debate no Funchal, Garcia Pereira, dirigente nacional do partido, disse que a Madeira vive uma «situação gravíssima de verdadeira calamidade social e económica» e previu um agravamento se as medidas previstas no Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) entrarem em vigor no próximo ano.

«O senhor Miguel Albuquerque está calado que nem um rato à espera de primeiro captar os votos para depois aplicar essas medidas», declarou, realçando que os que se apresentam como alternativa ao PSD também estão «calados que nem ratos», porque «têm exatamente a mesma posição de fundo e sabem que, se porventura obtivessem uma vitória nestas eleições, iriam aplicar exatamente as mesmas medidas».

Neste debate aberto à população em geral, Garcia Pereira esteve ao lado do cabeça de lista do PCTP/MRPP às eleições legislativas de 29 de março, Alexandre Caldeira.

Apesar da fraca adesão, o dirigente nacional realçou que "o voto no PCTP/MRPP e a eleição de uma representação parlamentar é muito importante".

O objetivo é impedir a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional e facilitar a constituição de um governo de unidade autonómica, democrático e popular, com vista a aplicar um «programa de emergência» para evitar a «catástrofe» na região.

«Entendemos que a Madeira tem que se industrializar», defendeu Garcia Pereira, chamando a atenção para as propostas apresentadas no «livrinho», nome pelo qual designam o programa político eleitoral.

«[A Madeira] deve chamar as indústrias leves, não poluentes, ligadas às novas tecnologias da comunicação e informação, ao designe e vestuário, à eletrónica. Devem ser concedidos incentivos fiscais às empresas que se venham aqui instalar», reforçou.


O dirigente nacional do PCTP/MRPP rotulou, por outro lado, o Governo de Passos Coelho de «governo de traição nacional», acusando-o de ter negociado a entrega dos recursos do mar da Madeira, com a conivência do Governo Regional, a frotas estrangeiras.

«Recordo, aqui, que Portugal é o segundo maior consumidor de peixe do mundo e está a importar 70% do peixe que consome, e na Madeira mais de 50%. E esse peixe que é importado é o peixe que é pescado nas águas da Região Autónoma pelas frotas estrangeiras», afirmou.


O PCTP/MRPP é uma das 11 forças políticas (oito partidos e três coligações) que concorrem às eleições legislativas antecipadas de 29 de março na Madeira. O ato eleitoral foi marcado na sequência da demissão do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, depois de ter sido substituído na liderança do PSD por Miguel Albuquerque.
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