Sócrates acusa PSD de «apenas falar» - TVI

Sócrates acusa PSD de «apenas falar»

Primeiro-ministro diz que sociais-democratas nada fizeram enquanto estiveram no Governo

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José Sócrates acusou este domingo o PSD de nada ter feito para apoiar as pequenas e médias empresas (PME) enquanto esteve no Governo, relembrando que, em 2003, as PME também sofreram uma recessão em Portugal.

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«Eles falam muito das PME, mas quando estiveram no Governo será que tiveram alguma medida de apoio às PME? Não. Poderão dizer que nessa altura não havia recessão, mas não é verdade, houve uma recessão em 2003 e não apoiaram as PME», afirmou Sócrates durante o Fórum Novas Fronteiras para a Juventude.

Respondendo às críticas de Paulo Rangel, Sócrates afirmou que «é aqui que se diferencia a oratória da acção política, aqueles que apenas falam daqueles que fazem».

Segundo o primeiro-ministro, 28.000 PME estão a ser apoiadas actualmente, quando «em 2003 foram apoiadas 5.000».

«Estamos a apoiar PME como nunca foi feito no passado. Queremos ser parceiros das empresas para que estas possam enfrentar, com a ajuda do Estado, os problemas», afirmou, criticando «os de costume» que agora o criticam.

TGV «absolutamente» necessário

Sócrates aproveitou para destacar a importância do TGV, negando o seu adiamento, visto ter um papel «absolutamente decisivo para aproximar Portugal do Centro da Europa».

«Há um concurso a decorrer cuja decisão estava pronta para ser tomada em Agosto. A decisão que tomámos foi dizer que, em vez de a tomarmos em Agosto, esperamos, por escrúpulo democrático, que o novo Governo que vier a ser eleito a 27 de Setembro possa decidir», afirmou.

«A isso chama-se adiar? Não, a isso chama-se continuar, mas dar mais tempo para que a decisão possa ser tomada pelo novo Governo, porque nós respeitamos as eleições e a escolha dos eleitores», explicou Sócrates.

5000 estágios para Administração Pública

Sócrates voltou a referir que fará parte do programa de Governo do PS a atribuição de 5.000 estágios profissionais por ano na Administração Pública. Segundo o primeiro-ministro a promoção do emprego para os jovens é também uma obrigação do Estado.

O primeiro-ministro apelou ao voto por parte dos jovens, lembrando que está em cima da mesa «uma escolha da maior importância entre duas atitudes diferentes para o futuro: a acção e a paralisia, quem quer construir e quem quer destruir, quem tem confiança e quem tem medo do futuro, quem quer fazer avançar o país, e quem quer que o país ande para trás, entre o futuro e o passado».

Sócrates apontou as «três principais marcas de modernidade» deixadas pelo seu Governo no país: a aposta na qualificação, na tecnologia e nas energias renováveis, mas «sempre com a preocupação de justiça social».
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