Autárquicas Porto: «Voto no PS é inútil» - TVI

Autárquicas Porto: «Voto no PS é inútil»

Câmara do Porto

Primeiro debate a cinco dominado pelas polémicas do Parque da Cidade e bairro do Aleixo

Relacionados
A polémica sobre o Parque da Cidade dominou uma boa parte do debate entre os cinco candidatos à Câmara do Porto, na «SIC Notícias», com o actual presidente, Rui Rio, a assumir a «opção política» de não permitir a construção na zona envolvente, à excepção da frente da Boavista, e a garantir o pagamento aos proprietários dos terrenos onde aquele foi edificado, em troca de outros espalhados pela cidade.

Inconformada com a resposta, a candidata apoiada pelo PS, Elisa Ferreira, considera que Rio «meteu o nosso património numa trapalhada monstra» para pagar uma factura, que a primeira garante ser de 169 milhões de euros e o segundo de 43 milhões. A independente apoiada pelos socialistas considera que permitir a construção na frente da Circunvalação seria um mal menor para evitar o endividamento do município.

Demolir o bairro do Aleixo é «insensibilidade social enorme»

«Insensibilidade social enorme» é assim que o candidato do Bloco de Esquerda, João Teixeira Lopes, classifica a decisão do actual presidente de demolir o Bairro do Aleixo. O candidato lembra que «os terrenos foram entregues ao grupo Bes», revelador de que «não está em causa uma opção contra o tráfico de droga, até porque aquele se disseminaria por outros locais da cidade», à semelhança, garante, do que aconteceu após a demolição do Bairro São João de Deus.

«O que está por detrás é o valor daqueles terrenos, com uma vista magnífica para o Douro», assegura Teixeira Lopes.

Rui Sá, o candidato da CDU, é favorável à demolição do Aleixo, mas com a construção de um novo bairro, onde as pessoas pudessem escolher ficar ou sair. Agora, «demolir o bairro para acabar com a droga é uma opção absolutamente catastrófica», argumenta. Uma posição partilhada por Elisa Ferreira.

Na réplica, o candidato da coligação PSD/PP assegurou que os moradores serão espalhados em pequenos grupos por toda a cidade, dos quais 20 por cento irão para a Baixa do Porto.

«Votar no PS é inútil»

Num debate em que Elisa Ferreira repetiu que «há apenas duas pessoas que podem sentar-se na presidência da Câmara . . .ou eu ou o dr. Rui Rio» e que, por isso, «mais valia fazer debates a dois», João Teixeira Lopes não escondeu a irritação: «Isso é insuportável do ponto de vista democrático».

Mais adianta acabaria por pedir a Elisa, quando foi interrompido, «para não ser tão mal-educada» e lembraria que «o voto no PS é inútil, uma vez que a Dra Elisa já disse que não ficará como vereadora com o argumento Fui ministra, não posso ser vereadora. «Isso é uma arrogância política», assegura. «Votar no Bloco é que tira a maioria absoluta ao PSD/PP».

Rui Sá, por seu lado, pediu à candidata do PS para «não dizer asneiras», a propósito de um alegado entendimento entre Ruis (Sá e Rio).

Já o candidato do PCTP/MRPP, João Pinto, apelou ao voto com o argumento de não ter responsabilidades nas opções da autarquia.

Rio que se candidata pela última vez e que afirma concordar com a lei de limitação de mandatos pede mais quatro anos «para acabar o projecto iniciado».

Elisa Ferreira admite que é tudo ou nada: «Não quero ser vereadora, quero ser presidente da Câmara».
Continue a ler esta notícia

Relacionados