«Mais quatro anos destes e o Porto torna-se irrelevante» - TVI

«Mais quatro anos destes e o Porto torna-se irrelevante»

Elisa Ferreira no Bolhão

Elisa Ferreira visita o «entaipado» Bolhão no último dia de campanha e pára o trânsito

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«O Porto vai votar e a Elisa vai ganhar», «os ciganos vão votar e a Elisa vai ganhar», «Porto em frente, Elisa a presidente» ouve-se gritar no Bolhão.

«F ...-se, lá vêm eles», e tinham logo que passar por aqui», indigna-se uma vendedora, enquanto retira apressadamente os baldes com flores do caminho. «Ainda me pisam esta m ..... toda».

No último dia da campanha, a candidata apoiada pelo PS foi ao Bolhão dizer que «mais quatro anos destes, e o Porto torna-se uma cidade irrelevante».

Se for eleita no domingo, a antiga ministra do Ambiente promete fazer do Bolhão «um centro de actividade económica» ao nível dos mercados da Europa em que os turistas e locais o visitem «sem ficarem chocados com o estado em que está ao fim de oito anos», refere ao tvi24.pt.

Os comerciantes gostam do que ouvem, gritam pela candidata. Elisa abraça uma vendedora: «Esta senhora foi meu modelo nos cartazes» e mais adiante «esta também».

Ao fim de dois mandatos da coligação PSD/PP, Elisa vê «um mercado entaipado», considerando que os comerciantes são verdadeiros «heróis».

Teixeira dos Santos, ministro das Finanças agora com o fato de candidato à Assembleia Municipal participa na euforia e garante ao tvi24.pt que se sente muito à vontade com o folclore da campanha.

O ministro portuense já terá bilhete de ida para Lisboa, onde Sócrates o espera para mais quatro anos à frente das Finanças, mas o agora candidato atalha apressadamente a conversa com um politicamente correcto «o primeiro-ministro nem sequer foi indigitado, ainda é muito cedo para falar».

Elisa, essa, não se cansa de discursar. Vai a todas e fala com toda a gente. No meio das escadas detém-se numa explicação detalhada a um jornalista que a aborda. «Então, isto não avança?», reclama um membro do «staff».

Teixeira dos Santos aponta para Elisa e encolhe os ombros.

«Não somos todos iguais», assegura a candidata. «Faça qualquer coisa por nós, ó doutora», pedem-lhe.

Elisa promete revitalizar o espaço e sai para rua onde é levada em ombros por apoiantes eufóricos: «O Porto vai votar e a ...».

Do outro lado da rua fica a sede de campanha. A antiga ministra sobe as escadas e assoma à janela. Distribui flores e faz um derradeiro apelo ao voto. O autocarro espera pacientemente que os apoiantes libertem a estrada. Elisa recolhe à sala, o povo dispersa e o autocarro pode finalmente circular.





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