Ministro justifica Galamba: "Escolhi o que completava o meu próprio saber" - TVI

Ministro justifica Galamba: "Escolhi o que completava o meu próprio saber"

  • LCM com Lusa
  • 19 out 2018, 14:24
João Pedro Matos Fernandes

João Galamba foi nomeado por Matos Fernandes como secretário de Estado da energia

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, justificou hoje a escolha do deputado do PS João Galamba como secretário de Estado da Energia com o intuito de completar o seu próprio saber no setor.

Questionado à margem da assinatura do financiamento do projeto WindFloat, o primeiro parque eólico flutuante, sobre a saída de Jorge Seguro Sanches da Energia seria para acalmar a EDP e a experiência do novo titular da pasta, João Galamba, o governante começou por apontar a “falta de sentido” da pergunta.

Sou eu o novo ministro que tem essa pasta. Escolhi o secretário de Estado que achei que melhor completava o meu próprio saber, foi o dr. João Galamba, com todo o respeito pelo trabalho que foi feito pelo nosso antecessor, Jorge Seguro Sanches”, acrescentou aos jornalistas.

Instado a comentar a nova equipa governativa à frente da Energia, o presidente executivo do Grupo EDP, António Mexia, preferiu destacar o projeto hoje apresentado, na sede da elétrica, em Lisboa.

Há dois dias, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse a dez novos secretários de Estado e reconduziu outros cinco, no âmbito da remodelação governamental iniciada na segunda-feira ao nível ministerial.

Ao deixar o Palácio de Belém nessa ocasião, o agora ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, foi questionado sobre o motivo que o levou a escolher o dirigente socialista João Galamba para a secretaria de Estado da Energia, mas remeteu declarações para mais tarde: "Falo depois".

João Galamba também não quis falar nesta ocasião. Interrogado sobre quando explicará publicamente os seus projetos para a pasta da Energia respondeu: "Não hoje".

Hoje, o novo secretário de Estado também não prestou declarações.

Na segunda-feira, o chefe de Estado deu posse aos novos ministros e na sequência de uma alteração orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, tomou posse como ministro do Ambiente e da Transição Energética, pasta que até então estava no Ministério da Economia.

Com esta remodelação, a terceira a nível ministerial e a mais abrangente desde a posse do executivo minoritário do PS, em 26 de novembro de 2015, o Governo ficou com menos um ministro, passando a ter 16, dos quais quatro mulheres, e com mais uma secretaria de Estado, num total de 44.

 

Ministro da Transição Energética com "sincera convição" que CESE pode ser agora paga

O novo ministro da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, manifestou hoje a “sincera convicção” de que estão criadas as condições para as energéticas voltarem a pagar a Contribuição Extraordinária Sobre a Energia (CESE).

Questionado à margem da assinatura do financiamento do projeto WindFloat, o primeiro parque eólico flutuante, o governante afirmou ter a "sincera convicção de que estão criadas todas as condições para que a CESE possa ser paga a partir de agora".

O governante notou que o Orçamento de Estado para 2019 (OE2019) determina que uma “parcela muito expressiva da receita da própria CESE é dedicada a reduzir o défice histórico do setor energético”, pelo que saem a ganhar tanto o próprio setor, como os consumidores, com a diminuição do valor da sua fatura.

A liderar a pasta desde segunda-feira, no âmbito de uma remodelação governamental que colocou a pasta da Energia, agora designada Transição Energética, no Ministério do Ambiente, Matos Fernandes acrescentou que na proposta feita no OE2019 “é de facto muito justa”

“E não vejo nenhuma razão para que a CESE não seja paga a partir de agora”, sublinhou.

Na sua intervenção na cerimónia de hoje, a primeira enquanto titular ministerial da Energia, Matos Fernandes já tinha previsto que as perguntas dos jornalistas fora da sala já que parece que “de CESEs, CAEs e CMEs parece fazer-se a discussão do setor da energia”.

“Não trago por pudor essa discussão para dentro da sala” e “chega de discutir a fruta da época” quando o desafio da energia é muito grande.

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