Carlos César justifica o “direito a pressionar” Cavaco - TVI

Carlos César justifica o “direito a pressionar” Cavaco

Presidente e líder parlamentar do PS acusa Presidente da República de estar a “prejudicar” a “imagem do país no exterior”. E espera que António Costa seja indigitado já na sexta-feira

Carlos César considerou, em entrevista na TVI24, que o PS tem o “direito” de “pressionar” Cavaco Silva para tomar “uma decisão rápida e favorável” à indigitação de um Governo de António Costa, acusando o Presidente da República de um “adiamento constante da decisão”.
 

“Há todo o direito de pressionar o Presidente da República para uma decisão rápida e favorável à indigitação do PS, porque o país não pode ficar em silêncio e o debate político não pode ser subtraído só porque o Presidente está a pensar.”


Carlos César espera que Cavaco anuncie a indigitação de António Costa como primeiro-ministro já na sexta-feira, após ouvir os partidos.
 

"Se Cavaco ouve os partidos na sexta-feira, evidentemente que tem possibilidades de nesse próprio dia anunciar a sua decisão e espero que esta seja no sentido de garantir o regular funcionamento das instituições democráticas e de cumprir a regra de ouro da democracia, que é regra da maioria, e isso significa indigitar António Costa."


O presidente do PS admite que “esta demora tem provocado algum desconforto”, não só ao nível da “perturbação politica interna”, como da “perplexidade” causada ao nível da União Europeia e de “outros interlocutores externos”.

Carlos César exemplificou com as reações externas dos mercados e declarações de banqueiros, justificando a “necessidade de rapidamente ultrapassar este impasse”, “poupando o país a uma indefinição que tem prejudicado a imagem no exterior”.

O também líder parlamentar do PS criticou o “ritmo” das audições no Palácio de Belém
, interrompidas por uma “viagem que podia ter sido feita noutra ocasião”, referindo-se à visita de dois dias à Madeira
.

Por tudo isto, Carlos César acusa Cavaco Silva de estar a “reacender crispações”.

O socialista acrescentou ainda que os acordos definidos pelo PS à esquerda “garantem estabilidade, governabilidade e consistência política programática”, condições anteriormente impostas pelo próprio presidente.

 
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