Rui Rio: “Falta muito pouco para eu ganhar as eleições” - TVI

Rui Rio: “Falta muito pouco para eu ganhar as eleições”

  • BC
  • 16 jan 2020, 21:13

Atual líder do PSD e candidato na segunda volta das eleições diretas contra Luís Montenegro diz que esteve muito perto de "resolver" o escrutínio à primeira, mas teme que uma vitória tangencial possa levar a oposição interna a continuar a "infernizar" a direção do partido

Rui Rio, candidato às eleições diretas do PSD que têm neste sábado a segunda volta, deu esta quinta-feira uma entrevista no Jornal das 8 da TVI, realçando que lhe falta pouco para ganhar as eleições mas dizendo que, se for vencido, respeitará a vontade da maioria. E repete que o PSD não pode continuar a “triturar líderes".

Falta muito pouco para eu ganhar as eleições, estive a 300 votos de conseguir resolver a coisa à primeira”, frisou. “Para sábado falta muito pouco, para domingo é que eu não sei”, disse, admitindo que uma vitória “tangencial” poderá fazer com que que a oposição interna continue "a infernizar” a direção.

Falando sobre o que fará se for vencido, Rui Rio garante que terá “o comportamento correto”, que é respeitar “a vontade da maioria”.

O problema é que alguns dirigentes não têm essa cultura e, portanto, é o bota-abaixo permanente”, frisou.

Realçando que “o espaço natural do PSD é o centro”, Rio diz que encostar o partido à direita, como pretende o adversário Luís Montenegro, é desvirtuá-lo.

É quase um problema de inteligência”, garantiu, explicando que é do eleitorado ao centro, dos socialistas e da abstenção que podem vir os votos que levarão novamente o PSD ao poder.

Perante as críticas de que não é suficientemente contundente na oposição ao Governo socialista, Rio diz que não é preciso “inventar divergências onde elas não existem”.

Temos de ser educados, civilizados e assertivos nas diferenças entre o PSD e o PS, para que os portugueses percebam que devem votar no PSD e não no PS”, disse. “Não devemos ter uma política do bota-abaixo, sempre contra tudo, olhando para a política como se de futebol se tratasse”, sublinhou. “Na política não temos de ter inimigos, temos de ter adversários”.

Admitindo que as diretas de sábado são cruciais para o PSD, porque “qualquer eleição de um líder é sempre muito importante”, Rui Rio repetiu que o PSD “tem triturado os líderes, muda de líder como quem muda de camisa”, e que essa instabilidade não dá confiança aos portugueses para que votem no partido e o levem à governação.

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