Louçã diz que Cavaco «não foi esclarecedor» - TVI

Louçã diz que Cavaco «não foi esclarecedor»

Francisco Louçã

«A democracia não vive de fantasias» é preciso estar «à altura das responsabilidades», disse o líder do BE

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O líder do BE afirmou que Cavaco Silva não foi esclarecedor sobre o caso das alegadas escutas em Belém e defendeu que «a democracia não vive de fantasias» e que é preciso estar «à altura das responsabilidades».

O líder bloquista defendeu que «se alguém na Presidência da República tem dúvidas sobre a fiabilidade do sistema informático no dia 18 de Agosto [data da publicação da notícia sobre as alegadas escutas em Belém] actua no dia 18 de Agosto, não no dia 29 de Setembro».

«Quero crer que a haver um sentido intenso de responsabilidade política e de defesa da segurança das comunicações e da fiabilidade da actuação do Presidente da República que não pode ser posto em causa por nenhum tipo de perturbação isso exige a responsabilidade de uma actuação imediata».

E continuou: «É totalmente incompreensível que a Presidência actue seis semanas depois, no dia em que faz um discurso à nação, nestas questões é preciso ter capacidade de decisão e creio que a Presidência mostrou não ter essa capacidade», assinalou.

Louçã considerou que as declarações de Cavaco Silva não esclareceram o caso e disse que o que se conhece é que «houve um assessor da Presidência que alegando ter autorização do Presidente quis criar uma guerra de alecrim e manjerona». «Isto não tem nenhum sentido num país que preza toda a responsabilidade democrática e toda a coerência que as instituições têm de ter, tudo o que se passou nestas seis semanas foi uma fábula e a democracia não vive de fantasias, vive de responsabilidade e de responsabilidade intensa. Lamento que os esclarecimentos sejam dados tão tarde, de uma forma tão escassa, tão confusa, quando o país precisa de olhar para problemas que são decisivos», declarou, em tom crítico.
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