Balsemão: «A cidade "está a arder" e é preciso "apagar os fogos"» - TVI

Balsemão: «A cidade "está a arder" e é preciso "apagar os fogos"»

Balsemão

Antigo primeiro-ministro considera «essencial» rever tratado europeu, mas sublinha que há outras prioridades

O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão considerou, esta sexta-feira, «essencial» rever o tratado europeu, como pretendem a Alemanha e França, mas realçou tratar-se de um processo moroso, quando o que mais interessa agora é «apagar e evitar os fogos».

«Estamos numa situação em que acho que mexer no tratado é essencial, mas entretanto a cidade "está a arder" e é preciso "apagar os fogos" e encontrar uma maneira de não haver mais "fogos"», sustentou.

Francisco Pinto Balsemão, presidente e CEO do grupo Impresa, falava durante a iniciativa «Gestão Aulas Abertas», da Universidade de Évora, em que foi a primeira personalidade convidada. Perante um auditório cheio, o antigo primeiro-ministro abordou várias temáticas relacionadas com a actual situação da Europa e de Portugal, nomeadamente a crise da dívida e a ideia defendida pela Alemanha e França de revisão do tratado europeu.

Questionado pela agência Lusa, após a sessão, Pinto Balsemão afirmou que «estamos todos de acordo, e já há bastante tempo, só é pena as coisas virem chegando atrasadas, de que o tratado tem de ser revisto». Mas, lembrou, esse processo de revisão demora tempo, enquanto «os problemas estão a acontecer a todo o momento». «Mexer no Tratado de Lisboa significa [esperar] dois ou três anos» porque, disse, «há países onde qualquer alteração tem de ir a referendo» e «cada país quer acrescentar mais qualquer coisa» para, daí, retirar dividendos internos.

Francisco Pinto Balsemão defendeu ainda que Portugal deve renegociar o acordo com a troika, mas primeiro deve ser «bom aluno» e provar que é capaz de «cumprir» com as metas estabelecidas. «Estamos a cumprir bem e acho que, à medida que vamos cumprindo, talvez haja alguma elasticidade para rever algumas das normas, em matéria de prazos, de crédito e do Setor Empresarial do Estado», entre outras, afirmou.
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