«É preciso deixar respirar a democracia local e não abafá-la com a campanha nacional», diz José Sócrates, explicando desta forma a preferência por eleições legislativas e autárquicas em dias distintos.
O primeiro-ministro ficou «satisfeito» com a decisão do Presidente da República de marcar as legislativas para 27 de Setembro, duas semanas antes das autárquicas.
«É uma vantagem para os cidadãos para que possam escolher o que é a sua opção nacional e local», sublinhou o primeiro-ministro.
«Sempre me pareceu que as eleições deviam decorrer em datas diferentes, para deixar espaço para que as democracias locais funcionem», referiu à margem da adjudicação de dois novos blocos do Regadio da Cova da Beira.
«Há muita gente em muitos concelhos que têm opções locais e nacionais diferentes, que querem apoiar um partido a nível local e outro a nível nacional. Julgo que se fizéssemos coincidir as duas eleições, isso seria negativo para a dinâmica das democracias locais», referiu.
«Foi por isso que naturalmente fiquei satisfeito pelo Presidente da República se ter decidido pela data das eleições em momentos diferentes», concluiu.
Sobre a posição do PSD, único partido que defendia a realização de eleições no mesmo dia, invocando, entre outros, argumentos de contenção de despesas, o governante socialista contra-argumentou: «Era também o Salazar que falava em custos».
Cavaco Silva defendia a realização das eleições legislativas e autárquicas no mesmo dia, mas acabou por marcar o escrutínio para a Assembleia da República para 27 de Setembro, duas semanas antes das autárquicas, em respeito pela opinião da maioria dos partidos.
«É preciso não abafar a democracia local»
- Redação
- CR
- 28 jun 2009, 15:13
Sócrates explica por que defende eleições legislativas e autárquicas em dias distintos
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