Escutas: «Não encontro casos deste género nas monarquias» - TVI

Escutas: «Não encontro casos deste género nas monarquias»

política

Dom Duarte Pio diz que os Reis têm o máximo cuidado em evitar fragilizar a própria chefia de Estado

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Dom Duarte Pio, duque de Bragança, considera que casos políticos como o das «escutas» não acontecem nas monarquias, com isso evitando a «instabilidade e falta de confiança» nas instituições que existe actualmente em Portugal.

A um ano do centenário da implantação da República em Portugal, D. Duarte sustenta: «Se observarmos as monarquias actuais, não encontro casos deste género. De um modo geral os governos nas monarquias têm o máximo cuidado em evitar fragilizar a própria chefia de Estado. Há uma grande cumplicidade» entre ambos, refere, citado pela Lusa.

De acordo com o pretendente ao trono português, «a grande preocupação dos governos é não fragilizar a instituição Real que simboliza o país e tem de ser preservada a todo o custo». É por isso que «os assuntos acabam por não ter consequência para a estabilidade do país», referiu o Duque de Bragança.

O «caso das escutas», assinala o Duque, cria «instabilidade e falta de confiança» dos portugueses nas instituições, o que constitui um «perigoso inconveniente» para a coesão do país.

No que refere ao papel de Cavaco Silva no alegado «caso das escutas», Dom Duarte Pio defende que os portugueses devem confiar no papel do Presidente da República e «acreditar» que Cavaco Silva «está de toda a boa fé» a tentar que o assunto «não cause problemas políticos» no período pré-eleitoral.

«Acho que é muito inconveniente e muito grave lançar suspeitas sobre a Presidência da República. As instituições têm de estar acima destas suspeitas, sobretudo a chefia de Estado», sublinhou o pretendente ao trono de Portugal.

Dom Duarte Pio defende também uma investigação conduzida «pelas instituições apropriadas para o fazer» sobre todas as questões de alegadas escutas. Todavia, assinala, «como o Presidente da República disse que depois das eleições iria dizer tudo o que sabe, o melhor é esperar e aguardar por essa explicação».

Para o pretendente ao trono, das eleições de domingo deve surgir um «consenso nacional» entre os principais partidos, «de esquerda e direita», para resolver «o problema de base» que levou «à actual situação» em Portugal.

«Há momentos em que, muito mais importante do que quem fica com o poder, é o que é que se pode fazer para repor Portugal no bom caminho da recuperação económica, moral, ética», termina.
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