O presidente da Câmara Municipal do Funchal afirmou este sábado que «nem com lixívia o PSD-Madeira vai conseguir branquear» a má governação, preconizando que a «mudança» política que começou nas últimas autárquicas no arquipélago será «extensível ao poder regional».
«Nem com lixívia o PSD/M pode branquear o seu passado», disse Paulo Cafôfo, o independente que encabeçou a coligação que venceu o município do Funchal a 29 de setembro, derrotando o PSD que sempre governou o principal município da região, no discurso na abertura do XVI congresso regional do PS-Madeira que servirá para reconfirmar a liderança de Vitor Freitas.
Esta reunião magna dos socialistas madeirenses vai contar com a presença do secretário-geral do partido, António José Seguro, no domingo, no encerramento.
Paulo Cafôfo realçou que o «resultado encorajador» das últimas eleições autarquias (PSD/M perdeu sete dos 11 municípios que governava na Madeira) foi um «sinal positivo».
«Demonstraram que não podemos andar em círculos, temos de seguir em linha reta e tal significa convergência na diversidade dos partidos que querem ser a solução para a região», vincou.
Para o autarca do Funchal, esta mudança na governação na Madeira passa por «uma coligação de partidos que apresente um novo paradigma político, económico e social para a região».
O responsável municipal destacou que ¿nos últimos dois anos muita coisa se modificou, na cidade [Funchal] e na política¿, realçando a sua determinação para ¿continuar a contribuir para uma mudança sustentada extensiva a toda a Região Autónoma da Madeira¿.
Paulo Cafôfo censurou as políticas dos «carrascos» do PSD-M que resultaram na «duplicação da austeridade e aprofundamento do empobrecimento», acabando por ¿colocar os madeirenses de joelhos¿.
«Não foi esta autonomia que Alberto João Jardim prometeu (¿). O sonho da autonomia, da democracia e de um desenvolvimento estruturalmente sustentável está transformado num pesadelo», afirmou.
Na opinião do presidente do município, «o poder local está na primeira linha do combate na superação das dificuldades da região e as autarquias tem um papel crucial».
Paulo Cafôfo declarou que, apesar de independente não é neutro, está disponível e pretende «contribuir para que a vitória alcançada nas autárquicas, com a coligação Mudança seja extensível ao poder regional».
À margem da sessão de abertura, o secretário-geral do PS-Madeira, Jaime Ramos, afirmou que este é um congresso do partido «virado para o exterior» que vai «discutir os problemas dos madeirenses, ideias e políticas».
Segundo este dirigente socialista insular, «as querelas internas estão ultrapassadas»e o «partido está pacificado», assumindo-se, face aos últimos resultados eleitorais como uma «verdadeira alternativa à governação» na região, escreve a Lusa.
Na abertura do congresso discursou ainda o presidente da câmara do Porto Santo, Filipe Menezes, e a professora universitária Liliana Rodrigues.
«Nem com lixívia o PSD/M pode branquear o seu passado»
- tvi24
- 18 jan 2014, 14:31
Quem o diz é o presidente da câmara do Funchal
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