«Esta questão da Segurança Social que envolve o primeiro-ministro não é um processo isolado, é um processo que está inserido noutra linha de funcionamento pessoal e também político que ele tem tido ao longo dos anos, porque este primeiro-ministro faz da mentira a sua dama de companhia».
Para o dirigente da central sindical, que falava durante uma manifestação em Lisboa e que pede a demissão do governo, Pedro Passos Coelho comportou-se da mesma forma quando anunciou as promessas eleitorais «que deitou para um saco sem fundo».
«Primeiro afirmou que foi com o desconhecimento dos rendimentos para não pagar impostos e agora a ideia de que não conhecia aquilo que todos os portugueses conheciam: que aquilo que qualquer trabalhador por conta de outrem independente e assim como as entidades patronais têm de descontar para a Segurança Social e estamos perante alguém que continua a persistir numa mentira».
Arménio Carlos acusa o primeiro-ministro de fugir à realidade provocada pelo próprio Executivo. «Não estamos só a falar de alguém que neste caso concreto não assume para si os sacrifícios que quer impor aos outros», afirmou, acrescentando que o Presidente da República é o principal «apoiante» do Governo.
«O que é mais grave é que confirmamos que o Presidente da República é o estratega do desenvolvimento da política do Governo e continua a levar ao colo este Governo, independentemente dos escândalos em que caiu».
Os trabalhadores dos distritos de Lisboa e de Setúbal manifestam-se este sábado em Lisboa, no âmbito de uma jornada de luta da CGTP-IN, em defesa de melhores salários e emprego e contra a desregulação dos horários de trabalho.