«Seguro está mais próximo de Passos do que eu» - TVI

«Seguro está mais próximo de Passos do que eu»

Francisco Assis

Francisco Assis fala sobre o adversário, os debates e até José Sócrates

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Francisco Assis considera que o seu adversário na corrida à liderança do PS está «mais próximo» de Pedro Passos Coelho.

«Parece-me evidente que as vivências, os percursos e estruturas mentais de apreciação do fenómeno político são mais próximas entre o actual primeiro-ministro e António José Seguro, do que entre o actual primeiro-ministro e eu próprio. Neste momento da vida política portuguesa, julgo que o PS ganhava se tiver um secretário-geral que se possa contrapor desde logo na linguagem, no estilo, na forma de intervenção política ao actual primeiro-ministro», defendeu, em entrevista à Lusa.

Questionado sobre se está a ser prejudicado pela sua relação com José Sócrates, Assis respondeu: «Sou seu amigo, nutro por ele admiração e respeito e quando passar a poeira dos tempos mais recentes verificar-se-á que a sua acção enquanto primeiro-ministro em muitas áreas foi muito importante para a promoção do desenvolvimento a prazo do país».

Em relação ao facto de António José Seguro reivindicar que a sua candidatura nasceu de baixo para cima, a partir dos militantes, Assis contrapôs que «todas as candidaturas nascem de impulsos individuais» e que «tudo o resto é encenação».

«Não é por acaso que, quando apresentei a minha candidatura, estava sozinho, para frisar que era um acto livre e individual, procurando ir ao encontro de uma aspiração colectiva. Não há candidaturas impostas pelas bases, porque não há nada espontaneamente gerado pelas bases em nenhuma democracia do mundo», disse.

O candidato lamenta «profundamente» que Seguro recuse abrir aos jornalistas dois dos três debates entre ambos, considerando tratar-se de uma visão «preocupante» e «restritiva» sobre o papel dos partidos.

«Porque esta disputa não interessa apenas aos militantes do PS, interessa a toda a sociedade portuguesa, desde logo um vastíssimo eleitorado que se reconhece no partido e que gostaria de conhecer em profundidade o que une e separa as duas candidaturas», explicou.
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