«Sócrates: tarde piaste, como diz o povo» - TVI

«Sócrates: tarde piaste, como diz o povo»

Jerónimo de Sousa (PCP)

Jerónimo de Sousa considera anúncio de pacto com as PME «é tardio e pouco esclarecedor»

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Jerónimo de Sousa, líder do PCP considerou o anunciou de Sócrates de um pacto com as PME para reforço das exportações «é tardio e pouco esclarecedor».

«Tarde piaste, como diz o povo», ironizou o secretário-geral comunista, que acusa o governo de ter «enchido os bolsos na crise aos banqueiros e aos grandes grupos económicos».

«O Governo deu 20 mil milhões de euros para ajudar os banqueiros a saírem da crise que eles próprios criaram, esses gulosos que andaram a jogar na roleta e que quando foram apanhados se puseram a gritar aqui d'el rei. Dos pescadores, agricultores e pequenos empresários, desses não se lembrou», acrescentou.

Para o líder do PCP, «virem agora anunciar um pacto com as pequenas e médias empresas para contribuir para as exportações, é de desconfiar».

«Há meses ouvimos José Sócrates dizer na AR, em relação ao grande capital e às mordomias: lá está o PCP. Deixem mas é trabalhar o mercado. Ontem, ouvi com os meus ouvidos o mesmo José Sócrates dizer: Não podemos entregar estas questões apenas ao mercado», referiu.

No entanto, Jerónimo de Sousa refere que «é verdade o que foi ontem dito», mas questionou se não haverá também medidas para contribuir para o desenvolvimento do mercado interno, nomeadamente através de apoio aos preços de factores de produção como os combustíveis e a energia.

«Os primeiros países a sair da crise são os que melhores aparelhos produtivos tiverem, não a melhor banca», frisou.

Jerónimo de Sousa relembrou que as PME são os principais responsáveis pela criação de postos de trabalho em Portugal e acusou Sócrates de «continuar a não dizer uma palavra sobre a questão do desemprego», relembrando que o PS chumbou por seis vezes na AR as propostas do PCP para protecção no desemprego.

No entanto, o líder do PCP garantiu que o partido irá apresentá-las «as vezes que forem necessárias para serem aprovadas».
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