PSD quer saber quanto custará empréstimo ao Fundo de Resolução - TVI

PSD quer saber quanto custará empréstimo ao Fundo de Resolução

  • PD
  • 3 abr 2017, 18:16
António Leitão Amaro, PSD

Prolongamento do prazo para a banca restituir dinheiro emprestado ao Fundo de Resolução desagrada a sociais-democratas. Querem apurar custos para os contribuintes da medida do Governo

O PSD anunciou esta segunda-feira que vai pedir à Unidade Técnica de Apoio Orçamental que faça as contas dos custos da revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução da banca.

Serão centenas de milhões de euros de perda para os contribuintes que é causada por este perdão e esta renegociação que o Governo fez. Queremos pedir à UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental], para que não haja dúvidas e falemos todos de dados objetivos, que faça as contas”, explicou o vice-presidente da bancada do PSD, António Leitão Amaro, em declarações à agência Lusa.

A 21 de março, o Ministério das Finanças anunciou que as condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução foram revistas e o prazo de pagamento dos reembolsos alargado para dezembro de 2046.

Em causa, estão 3.900 milhões de euros injetados pelo Tesouro para a resolução do BES e capitalização do Novo Banco em agosto de 2014 e 489 milhões de euros na intervenção no Banif, dos quais 136 milhões de euros já foram reembolsados.

Por outro lado, o deputado do PSD acusou o primeiro-ministro, António Costa, de “tentar iludir os portugueses” ao dizer que não haveria uma responsabilidade do Estado na venda do Novo Banco.

Segundo Leitão Amaro, "o Estado assumiu que financia a garantia de quase 3.900 milhões de euros que o fundo de resolução assumiu perante a Lone Star".

É o mínimo dos mínimos que o Governo esclareça de imediato os termos, as condições e o custo do compromisso que o Estado assumiu em financiar essa garantia de cerca de 3.900 milhões de euros”, defendeu.

Por considerar fundamental esclarecer o valor exato deste “perdão de várias centenas de milhões de euros”, o PSD entregará até terça-feira um requerimento a pedir à UTAO que realize esse cálculo.

O prazo é um prazo muito estendido, o capital só é pago no final de 30 anos e esses juros são muito inferiores aos que a República paga”, afirmou o deputado. 

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