Centeno sondado para o lugar de Dijsselbloem - TVI

Centeno sondado para o lugar de Dijsselbloem

  • VC - Atualizada às 17:14
  • 1 abr 2017, 10:57
Dijsselbloem e Centeno (Lusa)

Muitos estão a pedir a demissão do presidente do Eurogrupo, depois de ter dito que os países do sul gastaram o dinheiro "em copos e mulheres" e depois pediram ajuda

Mário Centeno foi sondado para suceder ao holandês Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo. Os socialistas europeus procuram um nome do sul da Europa para substituir aquele que é autor de uma acusação direta aos países do sul: de que gastaram o dinheiro todo em "copos e mulheres" e depois pediram ajuda.

Centeno é um dos nomes falados, segundo o semanário Expresso, mas nem o ministro das Finanças nem o Governo português se mostram disponíveis para aceitar a sugestão, pelo menos para já.

António Costa não quer o seu ministro das Finanças dividido entre Lisboa e Bruxelas. Para o executivo, é fundamental ter liberdade de movimentos para, nesta fase, zelar pelos seus interesses em Bruxelas.

Entretanto, também o Presidente da República manifestou a sua posição, desejando que ministro das Finanças permaneça no cargo e não opte por ir presidir ao Eurogrupo.

Acho que seria uma má solução para Portugal, porque o ministro das Finanças faz falta em Portugal, com o devido respeito que há pela presidência do Eurogrupo".

O Chefe de Estado português sublinhou ainda haver por resolver "ativos problemáticos no sistema financeiro" e a necessidade de consolidar e afirmar a política financeira e de crescimento.

"Mudar um ministro das Finanças a meio do percurso não me parece uma boa ideia, mas o primeiro-ministro não me falou disso. Penso que isso terá passado pela cabeça de alguém em Bruxelas, eventualmente, mas foi um vento que passou e já foi", afirmou.

Marcelo insistiu que "esta não é a altura para estar a mudar de ministro das Finanças, mas isso é um problema do primeiro-ministro", acrescentando que António Costa não lhe comunicou nada, algo que desejou que continuasse assim.

Foram os comentários de Jeroen Dijsselbloem - e também a derrota que sofreu nas recentes eleições do seu país - que fazem os eurodeputados do Partido Popular Europeu considerarem que não tem condições para continuar no cargo.

Para além da sua própria família política, multiplicam-se as exigências de demissão de Jeroen Dijsselbloem, com a mesma cadência com que se lembram os deslizes do atribulado percuso político do holandês de 51 anos, católico, muito poupado e agricultor nas horas vagas.

Sem pedir propriamente desculpa, é atualmente um homem com a cabeça política a prémio por falta de tento na língua.

 

 

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