O primeiro “duelo” entre Costa e Negrão foi sobre a entrada da Santa Casa no Montepio - TVI

O primeiro “duelo” entre Costa e Negrão foi sobre a entrada da Santa Casa no Montepio

Troca de cumprimentos amigável entre o primeiro-ministro e o novo líder parlamentar do PSD, que ouviu poucas palmas dos seus deputados

O novo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, estreou-se esta quarta-feira nos debates quinzenais com o primeiro-ministro prometendo uma oposição “responsável e construtiva”, “mas firme”.

No entanto, Negrão aproveitou a oportunidade para mostrar “toda a disponibilidade” para “dialogar e chegar a acordo” com o Governo nas “grandes questões de interesse nacional”.

Feita a introdução, o social-democrata abordou o tema da entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital do Montepio, garantindo que o PSD está contra, “em qualquer circunstância” e que pode mesmo avançar para uma comissão de inquérito.

“Fica aqui um aviso: se houver o mínimo sinal de que esta operação não acautela o interesse financeiro da SCML, o grupo parlamentar do PSD está disposto a usar todos os instrumentos parlamentares para fiscalizar e investigar ate às últimas consequências."

Para Negrão, "o dinheiro dos pobres não deve ter como destino os bancos" e esta "é uma operação de grande risco", que "deve ser assumida por entidades provadas e não sociais”.

Na resposta, e depois de garantir ser "um gosto" debater com o novo líder parlamentar do PSD, o primeiro-ministro assegurou que “não está tomada nenhuma decisão”.

“Não deve haver qualquer aplicação da Santa Casa em qualquer instituição que não tenha um risco financeiro aceitável”, defendeu António Costa.

Costa garantiu que a decisão só será tomada após análise da avaliação pedida pelo anterior provedor, mas sublinhou que, em teoria, o negócio é "uma boa ideia". 

Fernando Negrão voltou então à carga, lamentando o silêncio do PCP e do BE.

“O que me espanta é ver um governo de esquerda a tomar uma decisão desta natureza e espanta-me ainda mais o silêncio completo dos partidos da esquerda."

Ao longo da sua intervenção, o novo líder parlamentar do PSD ouviu poucas palmas dos deputados do seu partido. 

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