Nobre foi «desmascarado», consideram PCP e BE - TVI

Nobre foi «desmascarado», consideram PCP e BE

Bernardino Soares

Bernardino Soares e Luís Fazendo criticam o presidente da AMI e apontam culpas também ao PSD

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, considera que a renúncia ao mandato de deputado apresentada por Fernando Nobre «confirma as boas razões para que não tivesse sido eleito» presidente do Parlamento.

Para Bernardino Soares, que falava à agência Lusa, a decisão do cabeça-de-lista do PSD por Lisboa nas últimas legislativas confirma ainda que Nobre «apenas quis aproveitar a Assembleia da República e a presidência da AR para as suas próprias ambições políticas e pessoais».

«Este anúncio da decisão de Fernando Nobre de abandonar o Parlamento só confirma as boas razões para que não tivesse sido eleito Presidente da Assembleia da República e também acentua as responsabilidades do PSD na forma como conduziu este processo e quis eleitoralmente aproveitar desta situação», disse.

O abandono de Fernando Nobre demonstra ainda que o presidente da AMI «nunca esteve interessado em exercer o mandato de deputado», no entender do comunista.

«Apenas quis aproveitar a Assembleia da República e a presidência da AR para as suas próprias ambições políticas e pessoais e é bem verdade que este comportamento desmascara o discurso populista que Fernando Nobre teve nos últimos tempos de tratar os partidos como todos iguais (...) Esse discurso de Fernando Nobre, pela sua própria atitude, também hoje ficou desmascarado», enfatizou.

Também o líder parlamentar do BE condenou a «atitude» de Fernando Nobre, dizendo que este processo «não constitui uma surpresa», mas prejudica a imagem do PSD e do próprio.

«A renúncia de Fernando Nobre é um acto do seu foro individual. Em todo o caso, não constitui uma surpresa, reconduz-nos exactamente àquela que tinha sido a sua declaração inicial de que se não fosse presidente da Assembleia da República não faria o mandato de deputado. A questão é prévia às eleições e responsabiliza-o a ele e ao partido que o apresentou», afirmou Luís Fazenda à agência Lusa.

O deputado bloquista considerou que este episódio prejudica «seguramente a imagem» de quem pratica este tipo de atitudes.

«E prejudica ainda mais, sobretudo, quando certas pessoas aparecem de um ponto de vista muito criticista em relação aos agentes políticos e depois têm práticas deste género», concluiu.
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