Caso das «escutas» é mais do que asfixia democrática - TVI

Caso das «escutas» é mais do que asfixia democrática

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite

Ferreira Leite fala em «segurança», mas adia tema para depois das eleições, como o Presidente da República. Rangel compara Sócrates a Chávez

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Ferreira Leite concorda com o Presidente da República: o caso das «escutas» não cabe apenas na categoria de «asfixia democrática», mas é um problema de «segurança». «Não temos segurança praticamente em nada e até já se começa a duvidar da segurança na correspondência», disse este sábado, no fim de uma arruada pelo centro de Coimbra. «É algo que não nos lembramos de ter visto no país», sublinhou aos jornalistas, retomando o tema do discurso da noite de ontem.



Apesar de reiterar que «não quer desviar atenções» dos problemas dos portugueses, a «oito dias de eleições», Manuela Ferreira Leite admite que depois do dia 27 «há obviamente problemas seríssimos que têm de ser analisados».

«Há muitos outros que estão por resolver e não os estamos a meter neste momento na agenda», disse ainda, não concretizando a que «outros problemas» se refere, porque é tempo de «campanha», na qual se joga a «escolha do primeiro-ministro».

Rangel compara Sócrates a Chávez

Retomando o tema da «asfixia democrática», o eurodeputado Paulo Rangel, que este sábado se juntou à campanha laranja concretizou algumas das acusações feitas ontem pela líder do PSD, num comício em Aveiro. «O primeiro-ministro fez um ataque ao director do Público. Nunca tal aconteceu na Europa. Só na Venezuela, com Chávez».



«É um sinal de grande repressão e um clima que nunca se viu desde o 25 de Abril». Mais: para o vitorioso Rangel, que hoje se juntou à campanha, passando pela mesma rua de Coimbra, por onde há três meses fez campanha nas eleições europeias, não tem dúvidas de que o «primeiro-ministro tinha dois alvos: há 15 dias foi a TVI; agora o Público».

«São factos que só vêm dar razão ao PSD», e «marcas» de José Sócrates, que «não respeita a liberdade», uma tarefa, que o eurodeputado promete estar a cargo dos sociais-democratas: «É tarefa do PSD defender a liberdade».



Na arruada pelo centro de Coimbra, Ferreira Leite teve direito a confetis laranja, largados das janelas, e a serenata. A ex-ministra das Finanças ouviu os «tunos» com atenção e trauteou os versos conhecidos do tema «Coimbra».

«Coimbra é uma lição», diz a letra, e as comitivas do PS e PSD sabem bem disso: estrategicamente, não se cruzaram nas arruadas em Coimbra. E os socialistas chegaram mesmo a partir com uma hora de atraso para garantir que os sociais-democratas já tinham deixado o centro da cidade.
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