Há uma «luz sinistra» sobre o PS

Manuela Ferreira Leite deixou a comitiva laranja com Pacheco Pereira, a quem coube a despesa do confronto político com o PS, num almoço com militantes, esta terça-feira, em Torres Novas.

Depois de ter estado em Santarém, durante a manhã, a líder do PSD ausentou-se da campanha na estrada e rumou a Lisboa para gravar uma entrevista com os «Gato Fedorento», mas deixou o cabeça-de-lista a ripostar às investidas socialistas da noite passada.

Sobretudo a João Soares, de quem espera um «pedido de desculpas»: «É vergonhoso atacar [a líder do PSD] por ter trabalhado num banco espanhol; vergonhoso e contraditório, porque prova que ela é livre para defender os interesses dos portugueses».

«Estrangeiros não me amedrontam»

Mas além de um pedido de desculpas, o ex-deputado ao Parlamento Europeu espera ainda que o «primeiro-ministro faça uma afirmação unívoca de que está obrigado a defender os interesses dos portugueses».

Episódio do TGV lança «luz sinistra sobre o PS»

É que para Pacheco Pereira, «este episódio» do TGV «lança uma luz sinistra sobre o PS: a dúvida sobre se o Partido Socialista tem defendido os interesses de Portugal na Europa, que nem sempre são, por exemplo, coincidentes com os interesses da nossa vizinha Espanha».

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As diferenças entre PS e PSD são claras, garantiu o candidato, voltando ao tema da modernidade. «A diferença entre ser moderno e ser modernaço», disse, ficou evidente neste episódio sobre a alta-velocidade e Espanha. «Ser iberista é ser modernaço».

«Estive cinco anos no Parlamento Europeu. Os melhores grupos eram aqueles que defendiam os interesses nacionais. E o grupo do PSD tinha essa mesma atitude. Não há razão nenhuma para que não se defenda os interesses nacionais na Europa».

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