O polvo socialista, a máquina de comunicação e o «clima anti-democrático» - TVI

O polvo socialista, a máquina de comunicação e o «clima anti-democrático»

Manuela Ferreira Leite na Universidade de Verão

Ferreira Leite acusa PS de ter «máquina» que «gere favores», «persegue» ou «simplesmente demite». Na política económica e na administração pública, a «asfixia» é «mais visível»

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Manuela Ferreira Leite encerrou este domingo a Universidade de Verão do PSD, usando Castelo de Vide para marcar a rentrée social-democrata, e acusar o Governo socialista de «resultados medíocres».

Depois de 40 dias de silêncio, e durante 30 minutos de discurso, perante uma plateia de alunos da Universidade e de notáveis do PSD, Ferreira Leite apontou o dedo ao Governo, acusou a máquina socialista de falta de democracia e garantiu que «se todos os anúncios correspondessem à realidade, o país tinha que estar melhor do que está».

A máquina de comunicação e a falta de democracia

Para Ferreira Leite, «os portugueses estão frustrados mediante as promessas que foram feitas; e este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado numa máquina de comunicação e acção pouco democrática».

Mas «chegou o momento de ficar claro o abismo que existe entre o discurso oficial e a dureza do dia a dia», garantiu a líder do PSD, à semelhança do que já na véspera tinha desvendado Pacheco Pereira.

«O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar (...) é enganar-nos ou distrair-nos», numa «estratégia de manter aparências, de esconder os fracassos e de iludir os portugueses sobre a real dimensão dos seus problemas».

Um polvo que «controla, persegue e despede»

Os que «sabem que isto não vai bem», «não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite», acusou, apontando a «administração pública, a vida económica e o associativismo» como exemplos do «clima anti-democrático».

Num ataque cerrado à «máquina» que serve «os interesses do PS, completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da administração pública», que deixa o «Estado vulnerável à corrupção», Ferreira Leite apontou ainda a política económica como área na qual «a asfixia (...) se torna mais visível», «esmagando qualquer esperança de iniciativa empresarial».

Uma «concepção centralizadora», que «vai deixar o país endividado como nunca, e sem perspectivas de ultrapassar a estagnação, como o próprio primeiro-ministro confidenciou recentemente a um presidente estrangeiro».

Manuela Ferreira Leite garante que o programa económico do PSD «será exactamente o oposto». Nomeadamente em matéria de obras públicas, tema a que a líder social-democrata voltou para criticar o financiamento de «projectos megalómanos que são um extraordinário luxo para o país porque não criam riqueza, mas que implicarão muitos anos de sacrifício para serem pagos».

Chave para o desemprego

«Mas é no emprego que a política económica que defendemos melhor mostrará os seus resultados», afirmou. A chave, para Ferreira Leite, está nas «pequenas e médias empresas», que serão capazes de criarem mais empregos.

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Leia ainda a reacção do PS à intervenção de Ferreira Leite
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