O que os outros partidos pensam do programa do PSD - TVI

O que os outros partidos pensam do programa do PSD

PCP e BE dizem que não há diferenças para o PS. CDS diz que é «vago» em alguns aspectos

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considera que o PSD e a sua líder têm «uma dificuldade objectiva» que não conseguem ultrapassar, a de terem «o executante da sua política no poder», o PS.

«Onde é que há diferenças em relação à política económica, à política europeia, em relação a manterem ou não intocáveis esses lucros escandalosos do sector financeiro dos grandes grupos económicos?», questionou.

O secretário-geral do PCP referiu que podem até afirmar que «Manuela Ferreira Leite diz que apoia as pequenas e médias empresas, mas Sócrates também diz o mesmo». «Mas isto não dá a cara com a careta. Se mantém intocáveis esses lucros arrancando as mais valias àqueles que investem pouco, às vezes mal, que são os micro, pequenos e médios empresários, como é que podem ajudar as micro, pequenas e médias empresas?», interrogou.

«Obviamente, existem formas de estilo diferentes, tempos diferenciados, ritmos, mas aquilo que interessa aos portugueses, as grandes respostas ¿ desemprego, defesa do aparelho produtivo e da nossa produção nacional, crescimento económico acima da média da União Europeia ¿ não encontramos naquelas propostas (do PSD)», acrescentou.

«Programas do PS e PSD são iguais»

Também o líder do BE, Francisco Louçã, afirma que os programas eleitorais do PS e PSD são iguais no essencial e que os dois partidos se andam a «oferecer em casamento». «No que é urgente, o PSD e o PS só têm uma resposta: que fique tudo na mesma», afirmou.

Para o líder do BE, o programa eleitoral do PSD não tem respostas para os problemas sociais urgentes que vivem os portugueses mais carenciados, nomeadamente os pensionistas e desempregados.

Para Louçã, PS e PSD «andam a oferecer-se em casamento» porque receiam perder a hegemonia dos votos e querem manter a actual situação de «ministros que saltitam para as administrações dos grupos privados».

Programa «vago»

O porta-voz do CDS-PP, Nuno Magalhães, destacou a ausência de um compromisso claro para reduzir os impostos da classe média no programa eleitoral do PSD, que considerou ainda «equívoco» quanto ao rendimento social de inserção. «Anotamos que não se esclarece a importância que o PSD dá ou não à questão do défice e consequentemente se irá ou não haver redução de impostos para a classe média como nós defendemos», assinalou.

«Em matéria de pagamento das dívidas do Estado parece-nos a expressão do compromisso vaga e o problema é concreto e só se resolve com o pagamento de juros por parte do Estado», disse em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do CDS-PP.

Em matéria de segurança, Nuno Magalhães lamentou que o PSD não tenha assumido o compromisso de alterar as «leis penais permissivas que aprovou com o PS».



«Ficamos sem saber se é possível, havendo maior rigor, canalizar a verba para aumentar as pensões mínimas» como propõe o CDS-PP, adiantou.

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